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É administrador hospitalar, especialista em Macro Gestão de Saúde e PPP. Autor do livro “Atrás da Porta Branca”, sobre contratos hospitalares

O desconto nos tributos e o reflexo nas empresas de saúde no ES

A redução do custo do gás natural, juntamente com os incentivos fiscais para empresas, cria uma oportunidade única para a reestruturação da gestão empresarial

  • Mauro Quintão É administrador hospitalar, especialista em Macro Gestão de Saúde e PPP. Autor do livro “Atrás da Porta Branca”, sobre contratos hospitalares
Publicado em 13/12/2024 às 15h19

Com a recente redução nas tarifas de gás no Espírito Santo, que abrange o gás natural industrial (com uma redução de 14%) e o gás veicular (GNV) com uma redução de 4%, o Estado se prepara para uma nova fase de desenvolvimento econômico. Esses cortes refletem diretamente na competitividade da indústria, especialmente nas empresas de saúde, em um momento de grande transformação no setor.

Falar em gás me remete às boas lembranças das minhas primeiras experiências com gestão hospitalar. Eu me lembro que em uma das lavanderias do hospital onde trabalhei ainda utilizávamos carvão e lenha como combustível. Ao assumir a gestão, a primeira atitude que tomei foi trocar esse sistema de combustão para o gás natural. A economia foi significativa, e o reflexo direto no caixa do hospital foi imenso. Essa mudança não só reduziu custos, mas também trouxe mais eficiência operacional, melhorando a qualidade do serviço prestado e permitindo um melhor atendimento aos pacientes.

A redução do custo do gás natural, juntamente com os incentivos fiscais para empresas, cria uma oportunidade única para a reestruturação da gestão empresarial. Para as empresas de saúde, como hospitais, clínicas e organizações sociais, essa mudança trará uma diminuição significativa das despesas fixas, facilitando uma gestão mais eficiente e estratégica.

Esse movimento também é um marco para o setor de serviços no Espírito Santo, que tem no gás uma matéria-prima essencial para seus processos produtivos. As empresas do setor, incluindo as do ramo hospitalar, experimentarão um aumento na competitividade, resultante diretamente da redução dos custos com energia. Isso não só potencializa os negócios locais, mas também gera novas oportunidades de emprego, essencial para o crescimento econômico da região.

Adicionalmente, a redução do ICMS de 15% para 12%, programada para entrar em vigor em janeiro, reforça essa tendência positiva, permitindo que as empresas canalizem mais recursos para investimentos em tecnologia, infraestrutura e desenvolvimento de capital humano. A combinação dessas medidas torna o Espírito Santo um ambiente favorável para novos investimentos, com reflexos em todas as esferas da economia.

Como administrador hospitalar, posso afirmar que a gestão estratégica é um elemento crucial para lidar com essas mudanças. A redução de custos, aliada a incentivos fiscais, exige que os gestores hospitalares adotem uma visão holística, visando não apenas à redução de despesas, mas também ao aprimoramento da qualidade no atendimento à saúde. A boa gestão dos recursos disponíveis pode resultar em um planejamento estratégico mais robusto, com impacto direto na sustentabilidade e eficiência das operações.

Esse é um ponto central, conforme nos ensina o pensador Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna: “A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo”. Com a redução de custos e o fortalecimento da competitividade, é possível criar um futuro mais próspero, tanto para as empresas de saúde quanto para a população.

Gás natural canalizado
Gás natural canalizado. Crédito: Agência Petrobras

Outro grande pensador que nos deixa um grande ensinamento sobre gestão é Warren Buffet, que afirma: “O risco vem de não saber o que você está fazendo”. No contexto da saúde e dos incentivos tributários, isso reforça a necessidade de uma gestão bem-informada e fundamentada para garantir que as oportunidades sejam aproveitadas da melhor forma possível.

Portanto, ao parabenizar o governo do Estado, especialmente o governador Renato Casagrande e o vice-governador Ricardo Ferraço, é importante destacar que essas ações têm implicações profundas para a qualidade de vida dos capixabas e a sustentabilidade econômica do Estado. Ao oferecer incentivos tributários e fiscais, o governo contribui diretamente para o fortalecimento das empresas, a geração de empregos e a promoção do bem-estar social.

Essas reformas, tanto no setor de gás quanto nas questões tributárias, são fundamentais para garantir que a gestão pública continue a alinhar-se com os interesses do desenvolvimento sustentável, levando o Espírito Santo a um novo patamar de competitividade, inovação e prosperidade para todos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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