Com a chegada do fim de ano, para o mundo corporativo é o momento de mensurar resultados, reavaliar processos e traçar metas para o próximo ciclo. Em um mercado cada vez mais competitivo e inovador, empresas e funcionários veem a necessidade de aumentar consistentemente seus conhecimentos técnicos e o conjunto de habilidades. À medida que a tecnologia cria novas demandas de trabalho, companhias desenvolvem essas habilidades para preencher as lacunas por meio do chamado Upskilling.
De fato, uma pesquisa recente da Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia (EBAC) com mais de 100 representantes de empresas de todo o Brasil mostrou que 67% dos respondentes pensam ser difícil conseguir candidatos com as competências certas.
Assim, o Upskilling permite que as organizações fechem a lacuna de talentos digitais e preencham essas posições abertas, mantendo sua força de trabalho atual e criando oportunidades de aprendizado e fortalecimento de funcionários. O termo, que parece novo, mas pode ser traduzido facilmente como “qualificação profissional”, tem sido usado no mundo corporativo como uma tendência no local de trabalho que facilita o aprendizado contínuo, fornecendo programas de treinamento e oportunidades de desenvolvimento que expandem as habilidades dos funcionários.
Enquanto a demanda do mercado por profissionais mais qualificados e experientes cresce cada vez mais, o Upskilling se concentra em melhorar o conjunto de habilidades dos funcionários atuais, por meio de treinamento, para que eles possam avançar em seus empregos e encontrar novas funções e oportunidades dentro da empresa.
Entre as principais razões apontadas pelos respondentes da pesquisa, 22% afirmaram que existem muitas pessoas procurando emprego, isto é, candidatos às vagas, mas elas não atualizam as suas habilidades profissionais há anos. Curiosamente, 44% relatam que os candidatos não têm as soft skills necessárias, como pensamento crítico e resolução de problemas.
O relatório “21 carreiras do futuro'' (21 Jobs of the Future), da Cognizant Center for the Future of Work, aponta de forma clara a importância da mão de obra humana, independentemente dos avanços tecnológicos. O relatório afirma que o trabalho está mudando devido às automações e IA (inteligência artificial), mas não está indo embora. Sob muitos aspectos, a humanização do trabalho é, de fato, essencial para a construção e manutenção de relações profissionais produtivas e duradouras.
E a tendência das empresas em investir em Upskilling é o que confirma isso. Afinal, assim como cada indivíduo possui diversas habilidades e objetivos, é necessária uma estratégia de qualificação diferente para cada funcionário, dependendo de seu conhecimento atual, seu papel dentro da organização, como ele está evoluindo e os novos requisitos de tecnologia necessários para continuar desempenhando o trabalho com eficiência.
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