A guerra entre Rússia e Ucrânia traz uma série de impactos socioeconômicos. Sanções diversas são impostas à Rússia, responsável pelos ataques. Marcas como McDonald’s e Coca-Cola anunciam sua saída do país, e nações impõem outras restrições. Do outro lado da guerra política, existe a humana. A guerra silenciosa do abandono e da destruição familiar.
Enquanto soldados marcham frente a batalha, existe um abandono afetivo, e pais são afastados dos filhos. Uma criança de 11 anos viajou sozinha, por 1.200 km, para fugir da guerra. Essa e outras crianças caem em um limbo, onde se desvirtuam do seu desenvolvimento em função da falta de afeto. Winnicott, psicanalista inglês, afirma que a criança necessita da figura afetiva para se desenvolver.
A figura da “mãe” suficientemente boa contribui para o desenvolvimento infantil necessário, já que este processo é relacionado ao ambiente no qual a criança cresce. Winnicott ressalta o amor e carinho como forma de construção de caráter.
A criança que vivencia o abandono pode apresentar distúrbio de caráter entre outras doenças mentais. Mesmo que essa receba alimentação e abrigo, a falta do acolhimento pode levar até mesmo à morte do menor, uma vez que a instabilidade emocional resulta em estresse, e aumenta o número de problemas de saúde.
A criança desenvolve seu mundo psíquico a partir das relações mãe-bebê e do ambiente suficientemente bom. A presença deste faz a criança se sentir observada e sentida, melhorando sua construção psíquica.
A guerra traz um amadurecimento precoce, e o menor perde processos necessários, como brincar e fazer amigos. A brincadeira é fundamental, pois quebra a barreira da realidade, na qual a criança tem suas primeiras representações do mundo externo. É nesse momento que ela demonstra sua personalidade na forma mais sincera.
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É importante deixar a criança ser criança. Estimular a brincadeira, e permitir o crescimento emocional da mesma.
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