Precisamos falar sobre a questão do sobrepeso. A epidemia de obesidade - distúrbio de saúde cada vez mais frequente em adultos, crianças e adolescentes de todo mundo - é uma doença de saúde pública com amplas implicações metabólicas, psicológicas e sociais.
O aumento da gordura corporal, na maioria das vezes, atribuído ao consumo excessivo de alimentos calóricos e abuso de açúcares e falta de atividade física, contribui para o seu desenvolvimento, no entanto, não é só comida. Há outros fatores, como sedentarismo, traços de personalidade, depressão, efeitos colaterais de produtos farmacêuticos, insônia, dependência alimentar ou predisposição genética.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2020), atualmente mais da metade dos adultos apresentam excesso de peso (60,3%, o que representa 96 milhões de pessoas), com prevalência maior no público feminino (62,6%) do que no masculino (57,5%). Já a condição de obesidade atinge 25,9% da população, alcançando 41,2 milhões de adultos. E, em 2020, das crianças acompanhadas na Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS, 15,9% dos menores de 5 anos e 31,7% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso, e dessas, 7,4% e 15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade segundo Índice de Massa Corporal (IMC) para idade.
Quanto aos adolescentes acompanhados na APS em 2020, 31,8% e 11,9% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente. Considerando todas as crianças brasileiras menores de 10 anos, estima-se que cerca de 6,4 milhões tenham excesso de peso e 3,1 milhões tenham obesidade. E considerando todos os adolescentes brasileiros, estima-se que cerca de 11,0 milhões tenham excesso de peso e 4,1 milhões tenham obesidade.
No entanto, a perda de peso deve ser vista como um processo longo de modificação de comportamento que levará a mudanças na estrutura física. Ou seja, não é apenas mudar a composição corporal, mas transformar gradualmente hábitos e comportamentos que definem um estilo de vida saudável. Por isso, a chave para uma vida saudável e um melhor controle de peso é incorporar um estilo de vida equilibrado, com prática diária de exercício físico e uma dieta nutritiva.
Porém, a busca por soluções rápidas como, as ditas ‘dietas da moda’, os medicamentos milagrosos e/ou as combinações especiais de nutrientes, não são opções, fuja disso. É importante ter uma orientação nutricional individualizada, pois as pessoas respondem de forma diferente aos alimentos, e o automonitoramento da rotina diária é essencial para acompanhar o progresso e identificar possíveis dificuldades.
Para o sucesso no processo de perda de peso, o resultado, ressalto, requer tempo. Emagrecer de forma saudável passa por uma mudança de hábitos do indivíduo, que deve ser encarada como se fosse uma maratona e não uma corrida de 100 metros.
Para perder peso de forma disciplinada existe um método com nome e sobrenome: reeducação comportamental, que envolve atividade física, dieta balanceada e acompanhamento profissional.
Adote um estilo de vida ativo, coma conscientemente e mantenha-se positivo, a educação física desempenha um papel fundamental no controle da obesidade, melhora o sono, graças aos seus efeitos positivos sobre o humor e a saúde mental, pois as noites mal dormidas podem gerar ganho de peso, aumento do apetite e diminuição da sensação de saciedade, encarando a comer demais
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