Dois anos se passaram desde o momento em que o primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado no país (26 de fevereiro de 2020, de acordo com o Ministério da Saúde). Durante todo esse tempo, a prevenção e a vacinação mostraram ser o melhor remédio contra o avanço da doença e de seus impactos econômicos e sociais, mas novos desafios foram surgindo ao longo do tempo.
De lá para cá, a grandeza dos números impressionou de uma maneira triste. Em todo o Brasil (até 22 de fevereiro), foram mais de 28,4 milhões de casos positivos de Covid-19 e mais de 646 mil pessoas morreram em decorrência da doença. No Espírito Santo, o vírus tirou mais de 14 mil vidas e infectou mais de um milhão de pessoas.
Neste ano, além da pandemia da Covid-19, que voltou a registrar alta nos casos com a chegada da variante Ômicron, uma doença já conhecida da população, mas com uma nova variante, voltou a preocupar: a Influenza A (H3N2 cepa Darwin). Mais conhecida como gripe, ela tem um quadro de sintomas parecido com o do coronavírus, o que, em muitos casos, pode causar confusão.
Anualmente, a gripe afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Seus impactos vão desde a diminuição na qualidade de vida dos cidadãos até o desenvolvimento de doenças mais severas. Diante desse cenário, a vacinação contra a gripe contribui para a redução dos seus impactos, pois preserva a saúde dos trabalhadores e garante um ambiente de trabalho saudável, seguro e produtivo.
No contexto da pandemia da Covid-19, a imunização da população se faz ainda mais necessária do que há três, quatro ou cinco anos. Apesar de a vacina contra a gripe não imunizar contra o coronavírus, ela auxilia no combate à doença. Isso porque, se os trabalhadores não forem acometidos pela gripe, por causa da imunização, a procura pelos serviços de saúde tendem a diminuir, além de facilitar o diagnóstico precoce e a rápida intervenção no caso de coronavírus.
Para se ter uma ideia, em janeiro, o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies), da Federação das indústrias do Espírito Santo (Findes), realizou uma pesquisa que mostrou que 81% das indústrias capixabas tiveram casos de afastamento por Influenza ou Covid-19, sendo que 53% ocorreram nos primeiros quinze dias de janeiro.
Desde o início da pandemia, as indústrias capixabas estão sendo orientadas e apoiadas a adotarem rígidos protocolos de segurança para o trabalho presencial e praticarem o home office para os processos em que a atividade in loco não seja estritamente necessária.
Por meio do Sesi-ES, a Findes tem reforçado a campanha de vacinação contra a gripe e a Covid-19. Neste ano, a previsão é iniciar a aplicação do antigripal no mês de março, com foco principal para colaboradores da indústria, e abrangendo trabalhadores de outras empresas.
Não podemos deixar de ressaltar a importância da testagem, principalmente em assintomáticos, para tentar identificar as pessoas no início da doença ou sem os sintomas, que estariam transmitindo o vírus.
No final de janeiro, o governo do Estado uniu esforços com o Sesi-ES e a Unimed Vitória para realizar testagem em massa na população capixaba, ação preventiva que é uma excelente estratégia para conter a transmissão da Covid-19, conforme apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde brasileiro.
Duas unidades móveis estão rodando as cidades capixabas, em pontos de grande movimentação de pessoas, para a oferta gratuita de testes rápidos. Com a realização dos testes, as empresas conseguem afastar os seus colaboradores rapidamente de seu posto de trabalho, diminuindo a probabilidade de contágio e disseminação da doença no local.
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Prevenção e vacinação são as melhores maneiras de conter o avanço da Covid-19 e, quem sabe, em breve voltarmos a uma rotina pré-pandemia.
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