Quando olhamos para o futuro da educação profissional no Espírito Santo precisamos lembrar de todo o caminho que já percorremos até chegar ao ponto em que estamos. Sete décadas se passaram desde que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) chegou ao Espírito Santo e, de lá para cá, muita coisa mudou.
Aprendemos com as vitórias, mas também com os desafios que ocorreram durante este processo de desenvolvimento. Por isso, hoje tenho orgulho de falar que o nosso Senai-ES está focado na inovação e sempre se reinventando para acompanhar as tendências de mercado e as necessidades da Indústria capixaba.
Vamos voltar um pouco no tempo. Até o dia 25 de março de 1952, para ser mais preciso. “Nascia” naquele momento a nossa primeira unidade, batizada de Pedro Nolasco. Ela funcionava em Cariacica, num galpão cedido pela antiga Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), empresa que hoje conhecemos como Vale.
Lá começávamos a engatinhar. Oferecíamos apenas dois cursos: marcenaria e mecânica - número bem diferente do que temos hoje, mais de 500 cursos em diferentes níveis.
Fomos crescendo ao longo desses 70 anos. A dedicação ao mercado de trabalho do Espírito Santo fez com que fosse possível capacitarmos mais de 1,5 milhão de profissionais. Com isso, possibilitamos que a população capixaba se qualificasse, tivesse mais oportunidade e, assim, contribuímos para o desenvolvimento econômico e para a geração e distribuição de renda no Estado.
Naquele único galpão, emprestado, teve início um sonho que se transformou em realidade. Hoje temos nove unidades operacionais presentes nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Anchieta e Aracruz.
Esse crescimento potencializou a atuação do Senai. Já são 27 cursos técnicos voltados para os diversos segmentos industriais do Estado, 100 cursos de qualificação e 300 de aperfeiçoamento. Nossa meta é capacitar mais de 28 mil trabalhadores em 2022. Ou seja, a cada dia nos consolidarmos como referência no ensino profissionalizante, tanto é que a cada dez alunos que são formados pelo Senai, sete estão empregados no mercado de trabalho formal.
Por isso, para mim, é uma grande alegria dizer que conseguimos manter nosso foco na educação profissional, e sempre de forma atualizada para acompanhar o desenvolvimento industrial capixaba, que hoje é o segundo maior setor da economia e corresponde por 22% do PIB estadual, segundo o IBGE.
Vamos continuar trilhando o caminho da educação, um caminho ainda mais relevante diante das transformações que o mundo do trabalho vem enfrentando, nos últimos 20 anos, em virtude da nova organização do sistema produtivo. A expectativa é que mais de 50% das atividades de trabalho sejam automatizadas até 2065, segundo um estudo realizado em 54 países, publicado pela consultoria McKinsey.
É um desafio constante repensar os conteúdos, elaborar métodos e processos de organização que sejam apresentados e aplicados de forma inovadora, e de modo a englobar competências técnicas e socioemocionais da Indústria 4.0. O desafio é diário, mas encaramos ele com sucesso.
Tanto é que de olho no universo de possibilidades que surgia, em 2017, demos um passo muito importante com a criação da nossa Diretoria de Inovação, Tecnologia e Produtividade. Apenas dois anos depois, conseguimos nos inserir de vez no mapa da inovação do Estado e inauguramos o Findeslab, nosso hub de inovação, que é uma iniciativa conjunta do Senai e da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).
Já em 2020, passamos a levar ainda mais tecnologia e inovação para dentro das fábricas capixabas por meio do novo espaço do Instituto Senai de Tecnologia (IST), no Senai Vitória.
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Seja no galpão de Pedro Nolasco ou nas unidades do Senai atual espalhadas por todo o Espírito Santo, continuamos na mesma missão: qualificar pessoas, tornando-as profissionais capacitados para trabalhar no setor industrial. Sempre de olho nas principais necessidades da indústria, e caminhando lado a lado com as transformações da sociedade capixaba.
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