A palavra “inovar” pode ser entendida como fazer algo que não era feito, agir diferente, sair da rotina, ir além do ordinário… usando uma expressão muito popularizada, é o que costumamos chamar de “pensar fora da caixa”, imaginando soluções fora do comum para superar desafios do dia a dia.
Inovar é palavra de ordem, quando se quer alcançar resultados diferentes dos já conquistados. Isso serve para pessoas e para empresas.
No ambiente corporativo, em que é preciso sempre estabelecer metas cada vez mais ousadas para crescer e sobreviver em um mercado cada vez mais competitivo, a inovação é indispensável.
Empresas conscientes dessa necessidade têm, inclusive, um setor específico voltado à inovação. Não por coincidência, elas costumam estar sempre à frente de suas concorrentes, justamente porque não se contentam com os resultados que possuem, por melhores que possam parecer, e estão sempre em busca de se desenvolver.
Geralmente, essas empresas estimulam suas equipes e seus líderes a inovar, a sugerir melhorias, com ações específicas e premiações, entre outras políticas internas. Essa postura é, realmente, a que leva ao crescimento de uma organização. Enxergar o potencial de cada colaborador e compreender que a união de esforços, conhecimentos e experiências aumenta as chances de alcançar o sucesso.
O problema acontece quando as empresas tentam manter essa postura arrojada, mas esbarram em uma cultura que não evoluiu de forma a acompanhar a tendência do mercado.
É a esse grande paradoxo que me refiro no título deste artigo. Dependendo da cultura e da maturidade dos gestores, o estímulo e a liberdade para “pensar fora da caixa” podem esbarrar nos limites das caixas deles.
Falo de uma cultura em que os gestores incentivam seus colaboradores a dar novas ideias, mas, quando essas ideias, por mais promissoras que sejam, não coadunam com o que eles pensam, não ganham a chance de se desenvolver. Ou pior: quando, diante de uma ideia muito inovadora, os gestores se sentem ameaçados e preferem não dar continuidade ao que poderia ser algo bom para a organização.
É aí que essas empresas tendem a perder muitas oportunidades de desenvolvimento, porque impõem limites à inovação. E a inovação não pode ter limites, porque é só agindo diferente que alcançamos resultados diferentes.
Nas empresas onde há limites à inovação, é necessário consolidar uma cultura em que gestores, líderes e equipe em geral entendam que, independentemente da posição ou do cargo ocupado, todos temos a aprender e a ensinar e que pensamentos diferentes são enriquecedores, afinal, onde todo mundo pensa igual dificilmente há inovação.
Essa mudança de cultura, certamente, resulta em colaboradores mais confiantes, engajados e comprometidos com o sucesso da empresa, pois são, realmente, colocados como sujeitos ativos na missão de inovar e conquistar melhores resultados. Conhecimento e ideias não são ameaças. Só agregam!
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