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É diretor de vendas do Indeed no Brasil

Pesquisa indica que motivação e empatia são o segredo de um bom líder

Ser um bom líder motiva as pessoas a evoluir, incita confiança, aumenta a união entre os objetivos da empresa e funcionários, e, consequentemente, cria uma cultura positiva no ambiente de trabalho

  • Felipe Calbucci É diretor de vendas do Indeed no Brasil
Publicado em 30/11/2022 às 02h00

Quer seja preparando alguém para assumir um trabalho como supervisor ou simplesmente construindo times funcionais, empresas devem sempre se ater a oportunidades para fortalecer a liderança. Uma boa liderança pode trazer diversos benefícios para a companhia e seus funcionários, além de ter um impacto significativo no princípio de que um trabalho bem feito deve ser recompensado.

Uma pesquisa recente do Indeed com 840 trabalhadores indicou que a liderança assume um dos principais papéis na satisfação e rotatividade dos funcionários. Questionados sobre "o que esperam em um líder", a maioria (52%) disse que espera alguém que incentive e ajude com crescimento pessoal e desenvolvimento de carreira. Os dados ganham ainda mais importância tendo em vista que 38% das pessoas deixariam os trabalhos atuais se sentissem falta de oportunidades de desenvolvimento profissional.

Ser um bom líder motiva as pessoas a evoluir, incita confiança, aumenta a união entre os objetivos da empresa e funcionários, e, consequentemente, cria uma cultura positiva no ambiente de trabalho. Isso aparece nos números: 38% dos trabalhadores entrevistados esperam que seus líderes mostrem interesse ou preocupações pelo bem-estar de cada um e 36% esperam alguém que ativamente apoie ou promova um ambiente de trabalho diverso e inclusivo.

Ocasionalmente, uma tendência nova aparece no mercado de trabalho e no comportamento das pessoas. Vimos a Grande Resignação, caracterizada por um grande número de trabalhadores pedindo demissão voluntariamente, ao que especialistas atribuíram à mudança de valores pessoais resultantes da pandemia. Agora, líderes precisam se preparar para um fenômeno similar, mas novo, denominado "Quiet Quitting", ou "desistência silenciosa."

O Quiet Quitting, que apareceu primeiro por meio do TikTok, rede social da Geração Z, refere-se a não trabalhar demais ou fazer trabalho extra pelo qual você não será recompensado. Em outras palavras, uma mudança na mentalidade de superprodutividade, predominante até o começo da segunda década do século XXI.

Os dados da pesquisa do Indeed mostram um cenário bastante coerente com isso: 46% dos trabalhadores querem um líder que tenha um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional e também respeite o tempo pessoal dos funcionários, e 33% afirmaram que pediriam demissão se perdessem o equilibro entre vida pessoal e profissional. Ser um grande líder também é demonstrar preocupação com a vida pessoal dos seus funcionários.

Fica claro que as prioridades dos trabalhadores estão mais alinhadas com os interesses pessoais do que antes. Em 2021, por exemplo, quando questionados sobre o que mais importava ao procurar um novo emprego, apenas 19% das pessoas disseram um ambiente de trabalho relaxado e saudável. Agora, 41% buscam por isso. Quase a mesma porcentagem que agora acredita que um salário competitivo é o fator mais importante - 40%. Isso significa que ambos aspectos agora têm um peso similar.

Segundo nossas descobertas, as pessoas esperam um líder que seja um bom comunicador, sabendo ouvir e compartilhar informações (50%) e que possua fortes habilidades de treinamento, capaz de compartilhar conhecimento (31%). Para os trabalhadores, sentirem-se valorizados e terem seu trabalho reconhecido também são fatores essenciais, já que 50% disseram que sairiam do emprego atual se não fossem reconhecidos pelo trabalho ou sentissem que não são valorizados o suficiente.

Um bom líder será aquele que se esforça para sempre aumentar as habilidades de liderança, tomar decisões práticas e que podem ser realizadas em tempo hábil, demostra responsabilidade pelas suas ações, motiva os funcionários mantendo sempre uma atitude positiva, mostra interesse na vida pessoal da equipe e prioriza uma comunicação clara.

Em suma, uma boa liderança é capaz de guiar pelo próprio exemplo, mantendo um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional e estabelecendo orientações claras e metas objetivas. Além disso, também precisa motivar e engajar os funcionários, posicionando a si mesmo em harmonia com as necessidades pessoais da equipe, assim como demandas profissionais.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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