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É advogada de família e membro da comissão de Direito de Família da OAB/ES

Planejamento matrimonial para o tão sonhado “sim”

Há quem diga que começar o casamento já pensando no término traz má sorte. Entretanto, acordo prévio ajuda a evitar o divórcio, ao minimizar desgastes e discussões

  • Kassia Astolpho É advogada de família e membro da comissão de Direito de Família da OAB/ES
Publicado em 17/07/2021 às 10h00
Planejamento matrimonial pode salvar muitos casamentos a longo prazo
Planejamento matrimonial pode salvar muitos casamentos a longo prazo. Crédito: Rawpixel.com/ Freepik

Quando um casal está certo de que deseja constituir família, o primeiro passo é começar a planejar o casamento perfeito. Ele se inicia na escolha dos padrinhos, da locação, do bufê e da decoração certa para aquele momento único. Mas, em meio a tanto romance e sonhos se tornando realidade, não se pode deixar levar e esquecer das burocracias também necessárias para o matrimônio dos sonhos.

Muito além de determinar um regime de bens e assinar um documento, o planejamento matrimonial pode salvar muitos casamentos a longo prazo. O diferencial desse registro é que ele não possui modelo pré-determinado, adaptando-se para cada realidade e cabendo manifestar todos os desejos do casal.

Na prática, funciona assim: antes de casar em uma cerimônia com validade civil, os noivos procuram um advogado familiarista que vai fazer um diagnóstico de todos os bens e patrimônios de ambas as famílias. Após essa etapa de levantamento, análise e registro, o casal define as suas regras para o casamento, podendo conter desde a divisão dos custos, como também das tarefas domésticas, além dos regimes de separação e divisão de guardas.

Há quem diga que começar o casamento já pensando no término traz má sorte. Entretanto, o acordo feito previamente entre o casal evita justamente o divórcio, minimizando os desgastes e discussões durante o relacionamento. Por isso que a indicação é formalizar esse contrato em ato pré-nupcial, uma vez que as intenções são sempre de prolongação do afeto, principalmente por ainda não ter os vícios de um casamento de longos anos.

Aqueles já em matrimônio, imersos nos problemas da convivência em casal e com o intuito de evitar o divórcio, também procuram formalizar esse documento. Isso pois o planejamento matrimonial é uma forma de organizar os pontos que causam atrito em um acordo mútuo, colocando na mesa o que precisa ser mudado e a responsabilidade de cada um.

Sejam noivos apaixonadíssimos, sejam casais enfrentando problemas, o objetivo do planejamento familiar é de unir o casal em uma aliança e parceria concreta, em que ambos terão papéis fundamentais na constituição da família. É claro que a noção de família e companheirismo muda ao longo dos anos e é justamente por isso que é preciso estar atento para a rotina não acabar fazendo com que o relacionamento caia em padrões que vão de encontro aos sonhos do casal.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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