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É advogado, presidente do Conselho Municipal de Segurança Urbana de Vitória (Comsu)

Praia do Canto, em Vitória, passa a contar com projeto Comunidade Segura

O projeto viabilizado pela Polícia Militar já funciona em vários bairros da Capital. Nesse projeto, através dos meios eletrônicos, os cidadãos que receberam treinamento atuam para monitorar e reportar atitudes suspeitas

  • Aylton Dadalto É advogado, presidente do Conselho Municipal de Segurança Urbana de Vitória (Comsu)
Publicado em 03/06/2023 às 10h00

O sentimento de insegurança diante de notícias diárias sobre crimes cometidos no ambiente urbano e em comunidades, independentemente da região ou classe social, por muitas vezes acaba gerando um sentimento de impotência e vulnerabilidade, diante do qual os cidadãos não conseguem identificar quais atitudes tomar ou qual solução buscar.

A Gestão Comunitária da Segurança Pública é uma abordagem que envolve a participação ativa da comunidade na promoção da segurança e na prevenção do crime, e vem se provando um instrumento eficaz para ajudar a contornar esse cenário, especialmente nos grandes centros urbanos, onde a criminalidade registra índices alarmantes, trazendo a sensação de medo e insegurança.

Nesta abordagem da Segurança Pública, em vez de depender exclusivamente das ações das forças de segurança tradicionais (Polícia Militar e Guarda Municipal), a gestão comunitária busca fortalecer os laços entre a polícia e os cidadãos, capacitando-os a desempenhar um papel ativo na segurança de suas próprias comunidades.

Entre os princípios da Gestão Comunitária da Segurança estão a colaboração, o engajamento e a transparência. Sua implantação passa por uma mudança de mentalidade, com a preparação para perceber que a segurança não é responsabilidade exclusiva da polícia, mas sim compartilhada por todos os membros da comunidade.

Assim, ao envolver os cidadãos, a gestão comunitária busca melhorar a confiança mútua, aumentar a eficácia das ações de segurança e fortalecer a resiliência social. Neste cenário, é fundamental a atuação de órgãos como os Conselhos de Segurança Urbana, com representantes eleitos pela sociedade e que representam o elo do poder público e forças de segurança com aqueles que conhecem e vivenciam a realidade de cada região.

Atualmente no Estado, um projeto que coloca em prática a Gestão Comunitária da Segurança é um exemplo de que a colaboração é essencial para coibir a criminalidade e aumentar a sensação de segurança. O projeto Comunidade Segura, viabilizado pela Polícia Militar e que já funciona em vários bairros da Capital, está sendo implantado na região da Grande Praia do Canto, por intermédio do Conselho Municipal de Segurança Urbana.

Muda é plantada em trecho da Avenida Rio Branco: substituição faz parte da obra da ciclovia
Avenida Rio Branco, na Praia do Canto. Crédito: Reinaldo Fonseca

A ação tem por objetivo estreitar o relacionamento da comunidade com a PM, por meio pessoas-chave, como síndicos, comerciantes e líderes comunitários, que recebem treinamento especializado e passam a interagir diretamente com a Companhia responsável pelo bairro.

Nesse projeto, através dos meios eletrônicos, os cidadãos que receberam treinamento atuam para monitorar e reportar atitudes suspeitas e realizar outras contribuições com o direcionamento das ações de segurança.

Desta forma, com a participação de todos, a Gestão Comunitária da Segurança Pública, quando colocada em prática com comprometimento, técnica e eficiência, torna-se uma ferramenta essencial para aumentar a sensação de segurança e coibir a criminalidade, trazendo mais qualidade de vida para todos os envolvidos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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