Para a indústria capixaba seguir em uma trajetória de crescimento e de representatividade robusta, há um só caminho: a construção coletiva, com um diálogo constante, transparente e envolvendo todos. Quando digo todos, estou falando sobre as nossas mais de 19 mil indústrias e dos nossos 38 sindicatos empresariais, que se mobilizam para gerar um ambiente de negócios cada vez melhor para os seus respectivos segmentos.
Nesta segunda-feira, 29 de julho, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) completa 66 anos. E é com enorme orgulho e responsabilidade que assumo a presidência dessa instituição de atuação e contribuições tão efetivas para o crescimento do setor industrial e para a geração de oportunidades no Espírito Santo.
Junto comigo chega também uma nova diretoria, entusiasmada e comprometida em fortalecer a indústria e garantir o desenvolvimento sustentável para as futuras gerações.
Temos clareza sobre o compromisso que estamos assumindo e entendemos bem que são muitos os desafios e as oportunidades que se apresentam diante de nós. Nossa missão será promover um ambiente de negócios cada vez mais favorável, fomentar a produtividade, a inovação e a formação profissional, além de defender, por meio de um debate qualificado, os interesses legítimos das nossas indústrias.
Vamos buscar potencializar a competitividade das empresas e fortalecer o papel mobilizador da Findes enquanto uma instituição que é referência não apenas para a indústria, mas para a economia e para o desenvolvimento do Estado e do país.
Se hoje temos orgulho de ver a força e a influência desta Federação e as conquistas das nossas indústrias é porque tivemos pessoas como os presidentes eméritos, e aqui cito minha antecessora Cris Samorini, representando todos que se dedicaram e tomaram decisões adequadas ao que o momento demandava.
E para seguirmos nessa trajetória de crescimento nos próximos quatro anos, continuaremos a valorizar o respeito e a parceria que a Findes criou junto ao setor produtivo e aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, tão fundamentais para avançarmos em discussões e pautas decisivas para o crescimento das empresas e a melhoria de vida dos capixabas.
Acredito muito que podemos transformar o nosso Estado e o nosso país por meio da indústria, setor que no Espírito Santo gera quase 252 mil empregos formais e é responsável por quase um quarto dos impostos arrecadados.
Para isso, precisaremos avançar em algumas agendas, como a da política industrial. Com a Nova Indústria Brasil, a NIB, passamos a ter um caminho estruturado para resgatarmos o protagonismo da indústria e revertermos o processo de desindustrialização precoce vivido pelo Brasil a partir dos anos 1980.
Ao nos debruçarmos sobre as seis missões que a Nova Indústria Brasil propõe, teremos a chance de, no Espírito Santo, aumentar a complexidade do nosso sistema produtivo, impulsionar o adensamento das cadeias locais, atuar em projetos voltados para a descarbonização e para a transição energética, e estimular a transformação digital nas nossas empresas de modo a ampliar a produtividade dos negócios.
Temos ainda a reforma tributária aprovada e que agora tem as suas regulamentações sendo discutidas no Congresso Nacional. Para além dessa mudança, o Brasil precisa seguir avançando com a pauta reformista, a exemplo da reforma administrativa, tão fundamental para modernizar e desburocratizar a prestação de serviços à população e contribuir para a redução dos gastos públicos.
É certo que vivemos um momento de muitas transformações, e isso nos exige também novas formas de gerir e de buscar soluções para a nossa indústria. Nosso mandato fará isso por meio do fortalecimento dos sindicatos, da criação de condições competitivas, da ampliação do acesso a mercados e com ações e estratégias que alcancem as empresas de todo o Estado.
Perseguiremos a melhoria da produtividade da indústria, escolha inclusive pactuada junto aos nossos sindicatos como meta mobilizadora dentro da agenda estratégica definida pelo Planejamento de Longo Prazo da Findes, o PLP 2035.
Tenho certeza de que a Findes e suas instituições — Sesi, Senai, IEL, Observatório da Indústria e Cindes — vão seguir atuando para criar valor para as indústrias; para fortalecer a educação básica, profissionalizante e executiva deste Estado; para gerar informações qualificadas a partir da inteligência de dados e análises; para promover discussões e formar lideranças; para tornar nossas empresas cada vez mais competitivas e inseridas nas cadeias globais de mercado.
Acredito muito no associativismo e mais ainda no poder transformador da indústria.
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