Embora a pandemia tenha causado inúmeros prejuízos financeiros para a população, a tão esperada Black Friday é um evento que surge como uma esperança para a economia. Para os consumidores, é a chance de obter produtos de qualidade com preços muito abaixo do seu valor de mercado, enquanto para os para os vendedores a data é uma bela oportunidade para lucrar, projetando vendas e atingindo novos clientes a partir da oferta de produtos por preços mais atrativos, como manda a tradição.
A Black Friday ocorre no próximo dia 26, mas já é possível observarmos promoções de todos os tipos, veiculadas pelos mais diversos meios, desde o início do mês, para a alegria dos consumidores, que podem tanto adquirir aquele tão sonhado produto quanto antecipar as comprinhas de Natal.
Com o advento da internet, o consumidor nem sequer precisa sair de casa para ser bombardeado pelas ofertas cada vez mais atrativas. Propagandas veiculadas nas redes sociais dos mais variados produtos e serviços a preços módicos e anúncios em plataformas e-commerce concorrem entre si e se destacam perante a famigerada comercialização tradicional em lojas físicas.
Com a pandemia, notou-se expressivo aumento nas vendas on-line. De acordo com pesquisa realizada pela EBIT/NIELSEN, no ano passado, foi verificado aumento de 25% nas compras pela internet durante a Black Friday em comparação ao ano anterior. Este ano, espera-se um aumento ainda mais significativo, já que o consumidor aderiu e se adaptou às comodidades e vantagens adquiridas com o comércio eletrônico.
Embora a internet tenha facilitado muito o acesso e a pluralidade na escolha para o consumidor, é preciso ter cautela na hora da compra. Isso porque, na mesma proporção do aumento da oferta e da procura, existem também quadrilhas especializadas que se beneficiam de datas como a Black Friday para aplicar golpes em consumidores desavisados e sedentos pelo menor preço.
É, portanto, importante que o consumidor esteja atento a fraudes, que podem abranger tanto a venda de produtos contrafeitos, quanto questões envolvendo oferta de produtos inexistentes e roubo de dados, como clonagem de cartões de crédito.
Em todas as hipóteses, os danos são preocupantes. Quando pensamos em contrafação, popularmente chamada de pirataria, os danos atingem não só os titulares das marcas, que têm sua clientela desviada e reputação prejudicada, mas também os consumidores, que adquirirão produtos de qualidade duvidosa.
No caso de eletrônicos, a baixa qualidade dos produtos pode gerar consequências ainda mais graves como curto-circuito e explosões. De acordo com a Abracopel – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, neste ano foram registrados 759 acidentes domésticos e 402 óbitos relacionados aos incêndios originados por sobrecarga e choques elétricos. Desses, aponta-se que a maioria dos casos foram decorrentes do uso de produtos contrafeitos, os quais não são certificados pela Anatel e não têm seus padrões de qualidade atestados pelo Inmetro.
Além da possibilidade de adquirir um produto contrafeito, a compra descuidada na internet também coloca o consumidor em posição vulnerável em relação a diversos tipos de fraudes e uso indevido de seus dados. Nesse sentido, o consumidor pode ter sua privacidade exposta, invasão de suas contas e seus dados utilizados por terceiros mal-intencionados para finalidades ilícitas.
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Mas calma. Tudo isso é evitável e é possível sim aproveitar o evento com segurança! Medidas simples, como a escolha por lojas oficiais e licenciadas, atenção às avaliações e comentários de consumidores já clientes das plataformas e-commerce ou redes sociais, bem como a busca por reclamações em páginas especializadas do Procon e Reclame aqui podem evitar dores de cabeça na hora da compra. Pesquise, portanto, quem é a empresa por trás do anúncio, não se leve somente pelo preço e boas compras.
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