O ano começa com boas perspectivas. A projeção de 3,1% de crescimento da economia capixaba em 2024, um desempenho acima do nacional, de 1,7%, mostra também que a indústria deve assumir um protagonismo maior na economia do Estado.
As projeções, elaboradas com base no Indicador de Atividade Econômica da Federação das Indústrias (Findes) e calculadas pelo Observatório da Indústria, apontam a indústria como protagonista ao longo de 2024, crescendo 6%, na comparação com 2023.
Alguns fatores contribuem para essa trajetória de crescimento, como a redução na taxa de juros e a expectativa de que a Selic siga em queda até chegar a um dígito.
Nesse sentido, a indústria da construção civil apresenta cenário mais favorável para 2024, com o crescimento da atividade imobiliária, a evolução do Programa Minha Casa, Minha Vida, além do avanço das obras de infraestrutura por conta do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Outros fatores, porém, seguem desafiando o aumento da produtividade industrial. Sabemos que além da qualificação profissional para atender ao setor industrial, trabalho executado com maestria pelo Senai, existe a necessidade de investimento tecnológico no parque de máquinas das indústrias e políticas de infraestrutura que possam melhorar o escoamento da produção, reduzindo assim o chamado Custo Brasil.
A atividade industrial em 2024 também estará sujeita à influência de alguns temas, como a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, mudanças climáticas e transição energética, cumprimento da meta de inflação e avanço da nova política industrial para o país.
Para além disso, estão os investimentos que têm relação com o setor produtivo. Os dados mais recentes da Bússola do Investimento da Findes (atualizada em dezembro de 2023) apontam que o Espírito Santo tem R$ 47,8 bilhões em investimentos anunciados até 2028. Ao todo, são mais de 340 projetos previstos, sendo que a indústria representa R$ 37,6 bilhões, ou seja, 80% de todo o valor a ser investido no Estado.
O setor industrial está diante de um futuro promissor. Para que isso se concretize, é necessário caminharmos juntos, iniciativa privada e setor público, alinhados na busca de soluções para reduzir a burocracia ainda existente e garantir segurança e clareza para que os investimentos aconteçam.
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