A história nos acompanha em todos os lugares. Ela nos ensina sobre o passado e também nos orienta para o futuro. O Santuário Nacional São José de Anchieta, patrimônio histórico e religioso capixaba, mais uma vez, se mostrou como um local cheio de memórias. Durante as obras de restauração a serem inauguradas nesta quinta (18), arqueólogos e restauradores encontraram ossadas de 80 fiéis inumados entre os anos de 1918 e 1920 — período em que a gripe espanhola devastou o Brasil.
As semelhanças com o triste capítulo da história mundial iniciado há quase dois anos são cheias de simbolismos. De acordo com a análise dos pesquisadores envolvidos, a presença dos conjuntos de ossos no subsolo do Santuário ocorreu em decorrência do alto número de mortos em um curto espaço de tempo. Com a dificuldade de realizar enterros durante a grave pandemia, a igreja foi usada como um local para empilhar os corpos das vítimas, de maneira totalmente improvisada.
Mais uma vez, a história nos traz ensinamentos — e também esperança. Resgatar uma trágica parte da nossa trajetória de vida humana é também um novo incentivo para continuarmos lutando pelo fim da pandemia, com a vacinação em massa e os protocolos de prevenção.
Estamos no caminho certo, através de uma gestão federal preocupada não somente com as necessidades que rodeiam a nossa nação nos dias de hoje, mas também em preservar a história que nos trouxe até aqui. A luta pela restauração do Santuário Nacional São José de Anchieta teve início no ano de 2015, por meio de audiências entre o Ministério da Cultura e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
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Como apreciador do Santuário, vejo e exalto o simbolismo que o museu possui para todos os capixabas com sua cultura e tradição. Acompanhar e participar desta nova fase é um passo além: de admiradores, nos tornamos agora, em sua reinauguração, parte da história deste local de fé.
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