O Espírito Santo vive há algum tempo uma excelente trajetória de crescimento, contrastando com a grave crise de nossos vizinhos mais próximos, como Rio de Janeiro e Minas Gerais. Saímos de um cenário com instituições públicas e privadas dominadas pelo crime organizado para o Estado mais equilibrado do país, no aspecto fiscal, e com um dos melhores indicadores sociais de desenvolvimento socioeconômico.
Enfrentamos vários problemas ao mesmo tempo: o crime organizado, o desequilíbrio fiscal, a falta de resultados na educação, o descaso na saúde e o inóspito ambiente de negócios. Tudo isso num intervalo de quase 20 anos. Mas como isso foi possível? Como repito Brasil afora durante minhas palestras, nada é tão poderoso quanto um grupo organizado em torno de um mesmo objetivo.
Percebendo o caos que afligia o Espírito Santo no início dos anos 2000, empresários se juntaram para criar o “ES em Ação”. A instituição foi um símbolo da transformação capixaba e ajudou o governo a desenhar boas políticas públicas a partir daquele momento. Na gestão de Paulo Hartung, eleito em 2002, conseguimos tirar o crime organizado do comando das instituições e começamos a enfrentar nosso segundo maior desafio: o desequilíbrio das contas públicas.
Deu certo. Já no primeiro governo Casagrande atingimos nossa primeira nota A no Tesouro Nacional – patamar de onde nunca saímos desde então. Começamos a construir um Estado capaz de entregar resultados melhores para o cidadão e, no terceiro mandato de Hartung, atingimos o primeiro lugar no Ideb para o ensino médio do Brasil.
No setor privado, nos tornamos um dos melhores Estados para quem planeja empreender, gerando oportunidades e estabelecendo uma das melhores rendas per capita do país. Tudo isso graças à atuação de grandes líderes, dentro e fora da política, que se uniram para que essa missão fosse cumprida. Pensando na continuidade do projeto, o ES em Ação se juntou a jovens empresários e criou o Instituto Líderes do Amanhã, que forma novos líderes empresariais.
Mas como fica o setor público? Estamos na metade do segundo mandato de Casagrande, e no mais tardar, em 2026, sua história termina à frente do governo estadual. Quem são os próximos lideres públicos de nosso Estado? É hora de novamente unirmos um grupo de pessoas capazes de conduzir o Espírito Santo nessa nova trajetória rumo ao futuro!
O Espírito Santo ainda tem um longo caminho a percorrer, começando pelos desafios de infraestrutura e saneamento. Não basta ter equilíbrio fiscal, é preciso atrair investimentos e gerar renda para nossos trabalhadores. Não basta ter a melhor educação do país, é preciso caminhar em sintonia com o mundo globalizado, despertando o interesse dos jovens e transformando sonhos em realidade. Nossas cadeias produtivas precisam ser diversificadas e adaptadas às tendências da indústria 4.0, como inteligência artificial e internet das coisas.
Sairemos na frente dentro do contexto nacional, temos todos os insumos para avançar. O que falta agora são lideranças capazes de conduzir esse processo de convergência. Quero trabalhar cada vez mais por esse objetivo: unir diferentes pessoas pelo mesmo propósito. Vamos fazer do Espírito Santo uma referência em oportunidades, eficiência e desenvolvimento. Contem comigo nessa tarefa.
O autor é deputado federal e mestre em Política Públicas pela Universidade de Oxford
*Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta
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