Iniciamos 2025 com muitas novidades e perspectivas na área de serviços de saúde. Após a avalanche de complicações causadas pela pandemia, vimos empresas de saúde quebrarem, outras crescerem e algumas se fundirem. Esse cenário nos força a refletir profundamente sobre nossa atuação como gestores. Saúde não se vende, mas tem preço e custo. É fundamental agir com estratégia, ética e eficiência para garantir a sustentabilidade do setor, evitando erros de gestão no fechamento financeiro.
Os profissionais de saúde, linha de frente no combate a crises, aprendem com “horas de voo”. Esse é um setor que exige prática, interação constante com fornecedores, empresas, entidades de classe e o mundo acadêmico. Não há espaço para o home office nesse segmento; são necessárias horas de estudo e experiência prática. Somente quem “sai do casulo” consegue entregar resultados acima da média.
Em 2025, fóruns de demonstração e vendas de produtos e serviços especializados para o segmento setor saúde, e agora também a economia prateada, ganham força. Um grande evento no Espírito Santo promoverá a união entre ciência e negócios. No campo da construção hospitalar, o modelo BTS (Built to Suit) desponta como solução inovadora, com grupos do Sul liderando obras rápidas e qualitativas.
A tecnologia também avança com aplicativos de inteligência artificial voltados para desburocratizar processos e otimizar serviços especializados, como bancos de sangue. Espera-se o lançamento de um aplicativo que revolucionará a doação de sangue, agilizando o processo e fomentando a solidariedade.
Na esfera da hospitalidade, o paulista Prof. Dr. Marcelo Boeger, presidente da SLAHH (Sociedade Latino-Americana de Hotelaria Hospitalar), aponta para maior equidade nas remunerações e o crescimento de estabelecimentos voltados à desospitalização.
Já na administração hospitalar, a esperança recai sobre prefeitos recém-eleitos, que podem entender a importância de integrar a saúde ao desenvolvimento urbano, além de integrar estruturas já existentes com convênios para atender o sistema de saúde equacionado dos municípios vinculados a consórcios. Como bem disse o recém-falecido ex-presidente Jimmy Carter: “Nenhuma gestão é completa sem colocar a saúde como prioridade, pois é um direito de todos”.
Perspectivas positivas dependem de união. Profissionais, gestores públicos e privados, entidades de classe e governos precisam deixar de lado vaidades pessoais para construir soluções coletivas. Somente assim podemos repensar a saúde, promovendo mudanças qualitativas no setor.
Neste início de ano, desafios importantes surgiram, como a expectativa por vacinas contra novas variantes da Covid-19 e a aprovação de medidas no Congresso para financiar projetos de saúde pública. Isso reforça que a saúde segue no centro das decisões políticas e sociais.
Segundo especialistas, as esferas que irão crescer no próximo ano serão inteligência artificial, agronegócios e saúde. Isso confirma o que todos já sabem: o setor de saúde é e economicamente viável sim, mas não é lugar para amadores, nem pensar em carregar uma estrutura hospitalar sem olhar com responsabilidade para o subsídio do custo, pois trabalhamos com vidas – e com vidas não se brincam.
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