A Organização Mundial do Turismo estima que, em 2020, o turismo mundial sofreu uma queda média de 70% no fluxo e na movimentação de turistas. No Brasil, segundo a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), a receita foi a menor desde 2009, com um faturamento total do setor chegando a R$ 4 bilhões, muito abaixo do total de 2019, que chegou a R$ 15,1 bilhões.
Ainda assim, o turismo vem retornando, ainda que a passos lentos. A crise do novo coronavírus fez com que todo o setor precisasse se reinventar. Empresas de transporte de passageiros, comerciantes, gestores de parques turísticos e outros envolvidos no setor turístico mudaram seus protocolos. Agora, a biossegurança passou a ser a maior preocupação e toda a estrutura foi adaptada para atender a turistas com o menor risco de contágio possível da Covid-19.
Mas, ainda assim, é preciso que haja um comportamento responsável de uma parte importante dessa cadeia: o turista. Mais do que nunca, os turistas devem ter em mente os impactos que podem causar nos destinos visitados e, nada melhor do que aproveitar o Dia do Turista, que foi comemorado no dia 13 deste mês, para provocar essa reflexão.
É fato que atividades turísticas são momentos de relaxamento e descontração, porém alguns cuidados não podem ser deixados de lado. O principal deles, é claro, é o uso de máscaras em locais públicos e com grande fluxo de pessoas. A escolha do destino também pode ser responsável. O Guia para o Turismo, lançado pelo Sebrae com informações relevantes para todo o setor neste período, conclui que o turismo massivo, com aglomerações, não será uma tendência para este ano. E nem deve ser. Mas, apesar disso, existem alternativas para programas em família, ao ar livre e, até mesmo, exclusivas, fora do usual, que atenderão às necessidades de lazer e entretenimento dos viajantes.
Dois tipos de turismo vêm crescendo com a pandemia, como forma de alternativa ao turismo de massa. O turismo de isolamento, que acontece justamente em locais pouco visitados e com menor fluxo de pessoas, e o turismo de experiência, que busca opções novas e autênticas. Também é observada uma tendência a viagens mais curtas e a locais mais próximos.
A notícia boa para os capixabas é que o Espírito Santo é repleto de destinos que proporcionam experiências turísticas completas em meio a natureza e longe de aglomerações. São praias, montanhas, ecoturismo e outras opções que podem ser exploradas em trajetos rodoviários de duas ou três horas. E mais, no Estado, a capilaridade dos ônibus permite que as pessoas cheguem a todos os municípios capixabas, seja nas grandes cidades, seja no interior.
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Em síntese, para que o turismo retorne (e retorne com segurança) são necessárias ações conjuntas entre os viajantes e o setor. O viajante deve estar atento às recomendações de segurança, como o uso de máscaras, a higienização frequente das mãos e o, ainda fundamental, distanciamento social. E o mesmo vale para os empresários e funcionários do setor. Juntos, é possível promover um turismo seguro, que irá proporcionar lazer, entretenimento e segurança a turistas, empresários, colaboradores e moradores de destinos turísticos.
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