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É presidente da Samarco

Samarco vai dobrar produção de pelotas em 2025 com segurança e sustentabilidade

Desde a retomada em 2020, adotamos um modelo operacional sem barragens de rejeitos. O rejeito arenoso, que representa 80% do total gerado, é filtrado e empilhado a seco

  • Rodrigo Vilela É presidente da Samarco
Publicado em 16/12/2024 às 13h36

Estamos prestes a concluir 2024 celebrando um marco importante no nosso planejamento estratégico. Alcançamos nesta semana 60% da nossa capacidade produtiva instalada, o que corresponderá a 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro em 2025. Esse volume representa o dobro da produção registrada no início da nossa retomada em 2020.

Esse avanço só foi possível graças ao empenho dos nossos empregados e contratados, além de um investimento de R$ 1,6 bilhão nesta etapa do plano de retomada gradual. A ampliação da capacidade produtiva nos reposiciona entre os principais players do mercado transoceânico de pelotas de minério de ferro e reforça nossa capacidade de honrar os compromissos assumidos na reparação da Bacia do Rio Doce.

Contratamos cerca de 3 mil profissionais nesta nova etapa, priorizando a contratação de trabalhadores das comunidades onde atuamos. Atualmente nossa força de trabalho soma mais de 15,6 mil pessoas em Minas Gerais e no Espírito Santo.

O aumento da capacidade produtiva foi viabilizado pela reativação de um concentrador, após melhorias tecnológicas, e pela inauguração de uma nova planta de filtragem de rejeitos nesta semana no Complexo de Germano, em Minas Gerais. Essas iniciativas seguem as mais rigorosas normas de segurança e sustentabilidade.

No Espírito Santo, reativamos em agosto uma segunda usina de pelotização no Complexo de Ubu, equipada com tecnologias modernas que asseguram mais eficiência e menor impacto ambiental. Essa modernização reflete nosso compromisso de fazer uma mineração diferente, mais segura e sustentável.

Desde a retomada em 2020, adotamos um modelo operacional sem barragens de rejeitos. O rejeito arenoso, que representa 80% do total gerado, é filtrado e empilhado a seco. Os 20% restantes, compostos por ultrafinos, são dispostos em cavas confinadas. Além disso, temos utilizado cerca de 3 milhões de toneladas de rejeito arenoso nas obras de descaracterização da barragem do Germano, em Minas Gerais.

Um dos nossos maiores compromissos com a segurança e a sustentabilidade tem sido o processo de descaracterização das barragens. Temos registrado avanços significativos nesse esforço, com previsão de concluir a descaracterização da barragem de Germano, atualmente com 87,3% de andamento, antes do prazo inicialmente estabelecido. A entrega, prevista para 2029, será antecipada e demonstrará o nosso empenho em reduzir riscos e reforçar a segurança das estruturas. Esses avanços só foram possíveis graças ao uso de tecnologias de ponta e ao trabalho dedicado das equipes envolvidas.

Unidade de Ubu da Samarco
Unidade de Ubu da Samarco. Crédito: Divulgação

Também desenvolvemos projetos para ampliar o aproveitamento desses rejeitos, como sua aplicação na fabricação de concreto e pavimentações ecológicas.

Nosso modelo de expansão gradual permite gerar valor compartilhado com as comunidades vizinhas e fomentar o desenvolvimento regional. Por meio do programa Força Local, capacitamos e promovemos o desenvolvimento de fornecedores locais, beneficiando 16 mil pessoas em Minas Gerais e no Espírito Santo. Desde o início do programa, movimentamos R$ 3 bilhões em aquisições junto a 3.080 fornecedores locais. Somente no Espírito Santo, entre dezembro de 2020 e outubro de 2024, geramos R$ 1,28 bilhão em tributos, contribuindo significativamente para a economia dos municípios, dos estados e do país.

Estamos avançando na descarbonização da produção com o uso de biocombustíveis renováveis. Testes para substituição gradual do gás natural por bio-óleo em nossas usinas de pelotização demonstram resultados promissores, alinhados à transição energética do setor mineral.

Nosso planejamento segue robusto para alcançar 100% da capacidade produtiva até 2028. Com humildade, responsabilidade e foco em sustentabilidade e segurança, reafirmamos nosso compromisso de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde atuamos e concluir as ações de reparação. Estamos confiantes de que, juntos, podemos continuar a contribuir para um futuro mais seguro e sustentável para todos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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