Bélgica, Reino Unido, Espanha, Islândia, Suécia, Alemanha, Japão, Nova Zelândia e outros países têm sido palco de vários experimentos para reduzir a semana laboral típica de 5 dias para 4 dias.
A hipótese em teste é simples. A semana é reduzida para 4 dias de trabalho na suposição de que a produção se mantenha a mesma e por isso a remuneração também possa ser mantida. Em alguns experimentos o número de horas semanal é mantido, ou seja, trabalha-se mais horas em cada dia para compensar o dia não trabalhado. Outros testam a redução efetiva de horas semanais mesmo, na tese que a produção consiga ser mantida mesmo se dedicando menos tempo.
Cada país tem o seu contexto particular de onde surgem as iniciativas. Geralmente partem da iniciativa privada para atender ao clamor dos trabalhadores e alguns governos até dão subsídios como incentivo.
A cesta de motivos é bem variada. O mais alegado é o de melhorar saúde e qualidade de vida. Há também teses de gerar aumento da taxa de emprego no curto prazo para manter a solvência de fundos de pensão estatais e até teses de sustentabilidade ambiental visando que a produção realmente caia para fazer cair também a degradação do meio-ambiente.
Nem todos são fãs da mudança, porém. Profissionais autônomos e indústria, por exemplo. Atividades onde a produção tem uma relação mais direta com o tempo empregado a princípio não vão ter como se beneficiar da ideia.
De qualquer forma, parece que estamos imersos em uma onda global que vem gerando muitos adeptos. Com viés ou não, muitos testes mostram resultados positivos e categorias de trabalhadores mais demandadas começam a buscar o que preferem. Enfim, é viver e aprender se essa onda vai mesmo gerar mais um novo jeito de trabalhar.
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