A falta de acesso à saúde especializada é um problema global. E não ter os especialistas onde são necessários impacta a vida das pessoas, o meio ambiente e o equilíbrio financeiro do sistema de saúde.
Com o surgimento da pandemia, todos os ramos precisaram se adaptar, inclusive a medicina, cuja demanda é exponencial todos os dias. Desta forma, as consultas e diagnósticos passaram a ser virtuais, facilitando o dia a dia do paciente e dos profissionais de saúde.
Vale lembrar que milhares de pessoas saem diariamente de suas cidades e são transportadas em ambulâncias, buscando atendimentos especializados em hospitais de referência devido a fraturas e traumas. Isso causa dor e uma longa jornada aos pacientes, deixa uma pegada de carbono, um impacto na operação financeira da saúde. Isso não é uma forma sustentável ou eficaz de se entregar saúde.
Para esse problema, tradicionalmente existem duas opções: contratar um especialista de plantão, que não é caro e nem sempre é disponível para o hospital; ou implementar a teleconsulta para oferecer uma opinião especializada. Essa segunda opção é excelente, mas caro e impossível de aumentar rapidamente pela característica síncrona.
Como soluções tecnológicas, surgiram os aplicativos que ajudam os especialistas a atenderem de forma rápida e prática, otimizando o tempo do paciente e do médico. Um dos exemplos é o MedAssist, um software de opinião de especialistas projetado de forma assíncrona, em que o conhecimento do especialista é incorporado ao código fonte, proporcionando consultas estruturadas com alta taxa de resolução.
Com nosso software, um especialista abrange uma população de até 4,5 milhões de pessoas com uma taxa de resolução de 95%. Desde 2018, foram 17 mil atendimentos, que reduziram a jornada dos pacientes em mais de 77 mil horas, representando uma economia de R$ 12 milhões em remoções, além de evitar 650 toneladas de emissão de carbono na atmosfera.
O futuro da saúde passa por um software de design inteligente no qual o conhecimento especializado faz parte do código fonte, possibilitando a difusão do conhecimento especializado em larga escala. Só assim a telemedicina se tornará um pilar de sustentação do sistema de saúde. Para isso, é necessário incentivo governamental ou de empresas que estejam envolvidas com responsabilidade social e que desejam ver um crescimento do acesso à saúde no país.
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