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É ortopedista

Telemedicina é cada vez mais a solução para pacientes e médicos

Como soluções tecnológicas, surgiram os aplicativos que ajudam os especialistas a atenderem de forma rápida e prática, otimizando o tempo do paciente e do médico

  • Nilo Neto É ortopedista
Publicado em 01/11/2022 às 17h33

A falta de acesso à saúde especializada é um problema global. E não ter os especialistas onde são necessários impacta a vida das pessoas, o meio ambiente e o equilíbrio financeiro do sistema de saúde.

Com o surgimento da pandemia, todos os ramos precisaram se adaptar, inclusive a medicina, cuja demanda é exponencial todos os dias. Desta forma, as consultas e diagnósticos passaram a ser virtuais, facilitando o dia a dia do paciente e dos profissionais de saúde.

Vale lembrar que milhares de pessoas saem diariamente de suas cidades e são transportadas em ambulâncias, buscando atendimentos especializados em hospitais de referência devido a fraturas e traumas. Isso causa dor e uma longa jornada aos pacientes, deixa uma pegada de carbono, um impacto na operação financeira da saúde. Isso não é uma forma sustentável ou eficaz de se entregar saúde.

Para esse problema, tradicionalmente existem duas opções: contratar um especialista de plantão, que não é caro e nem sempre é disponível para o hospital; ou implementar a teleconsulta para oferecer uma opinião especializada. Essa segunda opção é excelente, mas caro e impossível de aumentar rapidamente pela característica síncrona.

Como soluções tecnológicas, surgiram os aplicativos que ajudam os especialistas a atenderem de forma rápida e prática, otimizando o tempo do paciente e do médico. Um dos exemplos é o MedAssist, um software de opinião de especialistas projetado de forma assíncrona, em que o conhecimento do especialista é incorporado ao código fonte, proporcionando consultas estruturadas com alta taxa de resolução.

Telemedicina: atendimento médico à distância
Telemedicina: atendimento médico a distância. Crédito: Divulgação

Com nosso software, um especialista abrange uma população de até 4,5 milhões de pessoas com uma taxa de resolução de 95%. Desde 2018, foram 17 mil atendimentos, que reduziram a jornada dos pacientes em mais de 77 mil horas, representando uma economia de R$ 12 milhões em remoções, além de evitar 650 toneladas de emissão de carbono na atmosfera.

O futuro da saúde passa por um software de design inteligente no qual o conhecimento especializado faz parte do código fonte, possibilitando a difusão do conhecimento especializado em larga escala. Só assim a telemedicina se tornará um pilar de sustentação do sistema de saúde. Para isso, é necessário incentivo governamental ou de empresas que estejam envolvidas com responsabilidade social e que desejam ver um crescimento do acesso à saúde no país.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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