No Brasil, a administração pública tem uma imagem associada à lentidão e à burocracia. Em outras palavras, a morosidade é vista como uma regra que atrapalha a vida de pessoas e de empresas.
Por outro lado, o avanço tecnológico está sendo incorporado, de maneira cada vez mais consistente, pelo setor público. Atualmente, há diversos serviços digitalizados que propiciam ao cidadão resolver diversas demandas com tranquilidade, sem precisar sair de casa.
Esse novo cenário é resultado de investimentos feitos em soluções tecnológicas e de mudanças na mentalidade de gestores e servidores públicos sobre os impactos da transformação digital no Brasil e no mundo.
Tratar as demandas dos cidadãos e das organizações da mesma forma que há 10 anos é um erro que não pode ser mais cometido. É necessário priorizar a celeridade dos serviços, sem deixar de lado a qualidade, a eficiência e o respeito à legislação.
Com certeza, essa não é uma tarefa fácil, porque o Estado tem muita responsabilidade ao gerenciar informações sensíveis das pessoas. E isso se tornou ainda mais evidente com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no segundo semestre de 2020.
Essa legislação obriga órgãos públicos e a iniciativa privada a terem um grande cuidado na gestão e disponibilização de dados dos cidadãos, tanto que penaliza os responsáveis por não adotarem os procedimentos corretos para evitar o vazamento de informações.
Inegavelmente, é necessário usar mecanismos eficientes de segurança para proteger os dados. E isso exige muito planejamento e foco, porque os hackers estão adotando recursos cada vez mais sofisticados para invadir sistemas e redes corporativos.
Isso mostra que o setor público deve agir com responsabilidade ao buscar formas de digitalizar os serviços e de oferecê-los de forma mais simples para o cidadão. A transformação digital é um iniciativa que não pode ser mais ignorada pela administração pública, e a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) evidenciou essa nova conjuntura de forma inquestionável.
Afinal, o trabalho remoto passou a ser uma alternativa para a manutenção das atividades no Poder Executivo Estadual. Graças ao e-Docs, sistema responsável pela tramitação eletrônica de documentos e processos, foi possível dar continuidade a uma série de ações (assinatura de contratos, formalização de convênios, entre outras), mesmo com os funcionários públicos em home office.
Outro ponto positivo da inovação tecnológica é a oferta de serviços digitais do Detran, em que o cidadão pela internet pode resolver diversas demandas relacionadas com veículos e a CNH, sem sair de casa.
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Felizmente, o esforço em apostar na tecnologia está dando resultados, tanto que o Espírito Santo ficou em quinto lugar, em 2020, no ranking nacional de Oferta de Serviços Públicos Digitais, elaborado pela Abep (entidade que reúne órgãos estaduais de Tecnologia da Informação). Sem dúvida, a transformação digital é uma realidade que veio para ficar e isso não pode ser mais ignorada.
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