A vitória histórica de Donald Trump nas eleições de 2024 - também no voto popular e Congresso de maioria republicana - representa uma nova onda de apoio à direita em uma escala global, sinalizando um aumento na confiança em lideranças conservadoras, nacionalistas e que enfatizam a soberania nacional.
Essa ascensão tem sido visível em diversos países, onde a direita ganhou fôlego em contraponto a lideranças mais liberais e progressistas, naturalmente mais afeitas às causas sociais e de inclusão de minorias, como Kamala Harris.
Esse contexto reflete uma resposta de parte significativa da população que deseja mudanças, sobretudo em áreas como economia, segurança, imigração, soberania e valores culturais.
Internacionalmente, líderes de direita têm emergido em várias regiões. Na Europa, Giorgia Meloni na Itália e Viktor Orbán na Hungria são exemplos de governantes que consolidaram poder com discursos voltados à preservação de identidades nacionais, à proteção das fronteiras e à revisão de políticas de imigração. No Reino Unido, figuras como Rishi Sunak mantêm, com algumas pinceladas, um tom mais conservador, especialmente em questões econômicas e de segurança.
Além disso, países como Polônia e Israel também seguem fortalecendo figuras de direita, exemplificando essa onda. Na América Latina, figuras de direita estão ganhando mais atenção e apoio popular, como foi o caso de Javier Milei na Argentina, cujo discurso anti-establishment e foco no liberalismo econômico representam um desafio às políticas de centro-esquerda que predominaram na região. No Brasil mesmo, o cenário pode indicar uma expansão bolsonarista - Jair Bolsonaro, no entanto, segue inelegível por 8 anos, a contar de 2022.
A vitória de Trump, portanto, destaca uma guinada conservadora, que ressoa na população global desejosa de mudanças profundas e de um retorno a políticas mais tradicionais. Esse fenômeno reforça uma tendência que contrasta com a onda progressista da última década e evidencia que, em momentos de incertezas, como os atuais, parte das sociedades tende a buscar segurança em ideias que promovam proteção nacional e identidade cultural forte. Essa ascensão mundial dos partidos de direita aponta para uma reconfiguração política, em que temas como segurança, economia local e valores nacionais estarão cada vez mais em destaque.
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