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É presidente da ABIH-ES (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo). Já foi secretário de Estado de Turismo

Turismo de eventos: uma solução e um desafio para o ES

Precisamos de um centro de convenções com tudo que ele precisa ter: proximidade com o aeroporto, grandes bolsões de estacionamento, bom sinal de conexão de internet, e uma arquitetura multidisciplinar

  • Nerleo Caus É presidente da ABIH-ES (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Espírito Santo). Já foi secretário de Estado de Turismo
Publicado em 26/01/2023 às 12h02

Novo ano, uma velha solução e uma antiga cobrança: um grande centro de convenções para o Espírito Santo chamar de seu. O turismo brasileiro reencontrou o caminho do crescimento graças, sobretudo, ao turismo, cujo objetivo central são os negócios e eventos.

Quando a experiência das feiras e congressos decolaram no Brasil, locais cada vez mais estruturados foram sendo construídos. Quem saiu na frente colhe até hoje os louros: São Paulo, Rio de Janeiro, Gramado, Salvador, João Pessoa, Natal, Manaus, Fortaleza, Recife e por aí vai. Falta a gente.

A literatura econômica é tácita ao afirmar que o turismo de eventos é um ramo de atividade recente e dinâmico que está crescendo e amadurecendo com grande rapidez. E mais: tem um quê de solução comercial, uma vez que minimiza os efeitos da sazonalidade - esse terror para o setor - e por ocorrer independentemente da existência de atrativos naturais e culturais.

Não que seja uma dor do Espírito Santo, que brilha aos olhos de Pedra Azul a Itaúnas, das paneleiras de Goiabeiras ao Convento da Penha. Ou seja: temos ainda mais motivos para atrair os negócios, seus eventos e frequentadores, a apenas uma hora de voo de grandes polos emissões do Sudeste.

Vale separar o joio do trigo: aqui não se fala de grandes espaços que caibam eventos. E sim de um centro de convenções com tudo que ele precisa ter: proximidade com o aeroporto, grandes bolsões de estacionamento, bom sinal de conexão de internet, e uma arquitetura multidisciplinar, que consiga abarcar as mais diversas demandas do mundo do turismo de negócios: plateias, estandes, palestras, shows, exposições e toda sorte de atrações.

Passagem aérea, aeroporto
Turismo de negócios. Crédito: Pixabay

Os números dessa demanda falam por si só. A tecnologia a favor desse turismo vem ao encontro da retomada de eventos e feiras presenciais pós-pandemia. A pesquisa “Tomada de Informações – Impacto Coronavírus em Viagens e Eventos Corporativos”, realizada pela Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas, constatou que 64,77% dos entrevistados pretendem realizar todos os tipos de encontros (virtual, presencial e híbrido) ao longo deste ano e 42,67% disseram que já estão promovendo ações presenciais.

Temos tudo para surfar nessa onda. Segundo dados da Fundação Brasileira de Conventions & Visitors Bureaux, os destinos dos viajantes a negócios e eventos são em maior parte na região sudeste, visto que é a região onde se concentram a maior parte da sede das empresas e o fluxo de capital do país. Esses turistas, inclusive, injetam um grande volume de capital nos pólos turísticos, uma vez que, em sua grande maioria, possuem alto poder aquisitivo.

Falta, portanto, somente a casa. O visitante já está aí batendo na porta. Resta saber qual governante irá escrever seu nome na história do turismo capixaba.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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