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Reitor da Ufes

Ufes: 70 anos criando futuros e escrevendo histórias

Neste momento histórico de celebração de sete décadas de trajetória, tenho a honra de assumir a gestão da Universidade plenamente consciente da responsabilidade que me foi confiada pela comunidade acadêmica

  • Eustáquio de Castro Reitor da Ufes
Publicado em 21/05/2024 às 16h37

Neste mês de maio, a Universidade Federal do Espírito Santo comemora 70 anos de existência. São sete décadas de uma história que começou com o desejo e um projeto de desenvolvimento econômico e social para o Espírito Santo integrado à área da educação, que passa a ocupar um novo protagonismo no contexto regional.

Em 1953, o governo de Jones dos Santos Neves começou a desenvolver os estudos para a criação e organização de uma universidade estadual, cujo projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa em maio de 1954. Nascia ali a Universidade do Espírito Santo, com a incorporação das faculdades de Odontologia; e de Filosofia, Ciências e Letras; e das escolas de Medicina; Química Industrial e Farmácia; Politécnica; de Música; e de Belas Artes, além dos chamados institutos complementares, que incluíam as escolas de Educação Física e de Auxiliares de Enfermagem, e o Hospital das Clínicas, entre outros órgãos.

Coube ao então presidente Juscelino Kubitschek, em 1961, no final de seu mandato, sancionar a lei que agregava a Universidade do Espírito Santo ao sistema federal de educação superior. Em 1965, todas as instituições de ensino mantidas pela União recebem nova denominação, e, assim, surge a Universidade Federal do Espírito Santo, a Ufes.

Hoje, 70 anos depois de sua criação, e refazendo no imaginário as escolhas realizadas no passado, constatamos que a Ufes construiu uma trajetória sólida, que registra sucessivos avanços no ensino, na pesquisa e na extensão, oferecendo à sociedade um ensino público e gratuito de qualidade e inclusivo, e que já formou mais de 65 mil profissionais, considerando apenas os cursos de graduação.

Com quatro campi universitários – Goiabeiras e Maruípe, em Vitória; Alegre e São Mateus, no sul e no norte capixaba, respectivamente –, a Ufes consolidou-se como referência nacional em educação superior de qualidade, alcançando em 2023 o conceito máximo – nota 5 – na Avaliação para Recredenciamento Institucional do Ensino Presencial, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Esse resultado a coloca no seleto grupo de universidades federais com esse nível de avaliação.

A Ufes é, pois, uma instituição consolidada, forte e resiliente, que manteve-se viva e ascendente, mesmo tendo enfrentado inúmeras restrições financeiras e orçamentárias. Uma instituição que, apesar de pressões políticas retrógradas e de ataques infundados, prosseguiu na sua missão, a promoção do ensino, da pesquisa, da extensão e da inclusão social, mesmo nos momentos mais desafiadores da humanidade, como no período da pandemia que enfrentamos em 2020.

Pensando no futuro da Universidade, trabalhamos na perspectiva de que ela se mantenha como lugar de formação de cidadãos éticos e socialmente engajados; de geração e compartilhamento de saberes e vivências; e de construção de espaços de liberdade e respeito, em que as diferenças sejam o motor do nosso aprimoramento.

Conjugando o presente e o futuro, o que vemos é uma Ufes inclusiva e diversa, que preza pela permanência estudantil, pela saúde física e mental de sua comunidade universitária e pela sua contribuição com melhorias para a sociedade em diferentes áreas do conhecimento. O que vemos, hoje, é uma universidade acolhedora, dentro e fora dos limites de seus campi.

Biblioteca Central da Ufes
Biblioteca Central da Ufes. Crédito: Divulgação/Ufes

Neste momento histórico de celebração de sete décadas de trajetória, tenho a honra de assumir a gestão da Universidade plenamente consciente da responsabilidade que me foi confiada pela comunidade acadêmica. E tenho a feliz oportunidade de renovar o compromisso de que envidaremos todos os esforços, com planejamento e perseverança, para que a nossa Ufes seja capaz de identificar e enfrentar os desafios que ora se apresentam, de modo que esta instituição se eleve ainda mais como vetor do desenvolvimento sustentável do país e do bem-estar social.

Na atual gestão universitária, tudo faremos, de modo coletivo e em diálogo permanente com a sociedade capixaba e brasileira, para que a Ufes seja, cada vez mais, uma instituição humanizada e que continue a formar cidadãos com o perfil e com a cara do Brasil. Que sigamos criando futuros e escrevendo histórias!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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