Autor(a) Convidado(a)
É professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades e do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)

Ufes do século XXI é ciência e diversidade

Com amplas políticas de assistência estudantil, a Ufes é um espaço de ensino, pesquisa, extensão e de acolhimento

  • Daniela Zanetti É professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades e do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
Publicado em 10/08/2024 às 14h00
Biblioteca Central da Ufes
Biblioteca Central da Ufes. Crédito: Divulgação/Ufes

Única universidade pública federal do Espírito Santo, a Ufes, que completou este ano sete décadas de fundação, tem sido instrumento de intensas disputas políticas. Infelizmente, uma instituição que deveria ser celebrada por toda sua contribuição positiva à sociedade capixaba tem sido alvo de ataques despropositados. Importante lembrar que a Ufes é gratuita e de qualidade, espaço de produção de conhecimento, que oferece oportunidade de formação de excelência para milhares de estudantes, capixabas e de várias partes do país.

Com quatro campi (Goiabeiras, Maruípe, Alegre e São Mateus), 103 cursos de graduação, mais de 60 programas de pós-graduação, 20 polos de educação à distância, centenas de projetos de pesquisa e de extensão, 1.893 docentes e 1.906 técnicos-administrativos, a Ufes atende hoje mais de 20 mil estudantes de graduação e mais de 4 mil de pós-graduação (mestrados, mestrados profissionais e doutorados) das mais variadas classes sociais.

Muitos de seus equipamentos também são de amplo acesso à comunidade externa: biblioteca (a maior do Estado), com espaços de estudos; museus, teatros, auditórios, cinema, observatório astronômico; áreas para práticas esportivas; entre outros.

Atualmente, a Ufes atende 4.800 alunas e alunos beneficiados com políticas de assistência estudantil e de permanência, que lhes garantem alimentação gratuita, além de recursos para moradia. A Ufes mantém cerca de 2 mil bolsas (de iniciação científica, de extensão ou de trabalho administrativo) que também contribuem para que as e os estudantes atendidos possam estudar e trabalhar dentro da própria universidade. Todos os dados estão disponíveis no portal InfoUfes.

Cabe destacar ainda que a universidade oferece um ambiente democrático e que possibilita às e aos estudantes se manifestarem livremente, sendo respeitados em suas demandas e condições sociais e culturais.

Com exceção das questões orçamentárias – aspecto que é de alçada do governo federal –, a universidade possui uma gestão democrática, possível graças à autonomia universitária, que funciona a partir de conselhos eleitos em diversas instâncias (departamentos, centros, etc.), incluindo representações dos três segmentos (estudantes, docentes e técnicos). Não há, portanto, lugar para decisões autocráticas ou sem transparência dentro das universidades públicas federais.

Portanto, a quem interessa criminalizar a Ufes e seus servidores públicos por meio de narrativas parciais e tendenciosas, como estratégia de favorecimento pessoal junto a determinados grupos políticos? Sem deixar de reconhecer falhas e identificar problemas, objetivando sempre buscar melhorias para mantermos nossa excelência nos serviços prestados à sociedade, é importante atentar para o fato de que qualquer espaço público e seus equipamentos devem sempre ser preservados e valorizados por todas e todos, pois pertencem a toda a sociedade.

Como ex-aluna e hoje docente na Ufes, nutro relações de grande afeto e respeito por esta e outras instituições públicas similares. Por todas as suas contribuições no campo da educação, da ciência, da inovação e da inclusão social, é fundamental celebrarmos os 70 anos da Ufes e trabalhar para seu crescimento.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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