A Ufes chega aos 66 anos de existência neste dia 5 de maio com o compromisso de enfrentar uma situação de extrema excepcionalidade, provocada pela pandemia do novo coronavírus, que nos fez mais conscientes da inconstância do mundo e das limitações da vida, confrontando-nos com a dor e a morte sob nova dimensão.
É neste momento tão crucial que redescobrimos a importância das ações coletivas e o valor das instituições públicas na preservação da vida. A Ufes, entre essas instituições, vem mostrando que cumpre um papel relevante na sociedade, especialmente por ser uma das maiores instituições do nosso Estado dedicada à valorização da educação e do conhecimento, bens intangíveis fundamentais para compreender e agir diante dos diversos fenômenos que interpelam a nossa existência.
Em tempos como os atuais, em que entram em cena convicções muitas vezes desprovidas de fundamentos, é necessário que, mais uma vez, alertemos para a importância desse tipo de saber que se desenvolve na Universidade. De forma paciente e dedicada, nossos professores, técnicos e estudantes, nos mais diversos centros de estudos e laboratórios, produzem e reelaboram o conhecimento com o objetivo de proporcionar melhores condições de vida para todos. É essa modalidade de conhecimento que nos permitirá superar a situação grave que enfrentamos hoje.
O princípio da universalidade que rege a nossa instituição a torna ainda mais rica porque não priorizamos apenas algumas áreas. Os mais diversos temas e fenômenos são abordados pelos princípios da ciência, da arte e da filosofia, dimensões do conhecimento que se entrecruzam e se complementam. Por isto somos uma universidade: por termos o compromisso de conter a universalidade e as diferenças de forma harmônica e produtiva.
Hoje, o que nos desafia é encontrar saídas para a pandemia da Covif-19. E, mais vez, a Ufes está presente. Nessas mais de seis décadas e meia de existência da nossa Universidade, trabalhamos nas diferentes agendas que se apresentaram historicamente em sintonia com o interesse público e a sociedade. E assim continuaremos sempre atuando dentro dos princípios da razão e com o coração atento, para que a solidariedade e a fraternidade sejam valores a nos guiar e a fortalecer a ideia de coletividade.
Ao longo desses anos, desenvolvemos uma universidade mais inclusiva, comprometida com os direitos humanos e geradora de mais oportunidades para segmentos sociais vulneráveis, o que agregou à instituição mais riqueza e importância. Hoje, ao completar 66 anos, reafirmamos o compromisso da Ufes de continuar contribuindo para o desenvolvimento sustentável, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão desenvolvidos de forma indissociável. Para que continue sua trajetória cumprindo seu papel social, é preciso que saibamos valorizá-la e fazer com que seja ainda mais fortalecida como universidade pública.
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O autor é reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)
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