Chegou a temporada de calor e o momento é oportuno para aproveitar os dias quentes ao ar livre com os pets. Porém, como a incidência solar em nossa região é muito alta, devemos proteger a pele contra os raios solares para evitar queimaduras, desidratação, hipertermia e surgimento de câncer de pele, promovendo maior longevidade aos amiguinhos peludos.
A preocupação mais comum é quanto às patinhas, já que no calor a calçada e o asfalto podem ficar muito quentes e causarem queimaduras nos coxins dos cães. Por isso, devemos dar preferência pelo início da manhã e após o final da tarde, quando as temperaturas costumam estar mais amenas.
Além disso, outra preocupação é quanto ao fornecimento de sombra e água fresca. Diferentemente de nós, cães e gatos não transpiram através das glândulas sudoríparas, sendo assim, a regulação da temperatura deles é feita através da respiração. É por esse motivo que em dias quentes eles costumam respirar de boquinha aberta, onde expulsam o ar quente e inalam um ar mais fresco.
No entanto, algumas raças podem apresentar dificuldade de realizar essa troca de temperatura devido a sua conformação anatômica, levando a uma condição chamada de hipertermia maligna. O fornecimento de sombra e água fresca é importante para melhor controle de temperatura, principalmente com as raças braquicefálicas (pug, buldogue, boxer e gatos persas).
Também podemos aproveitar esses dias quentes e oferecer picolés naturais, que além de ajudar no controle da temperatura, estimulam a ingestão hídrica e satisfazem a vontade de petisco. Mas atenção com os picolés e sorvetes industrializados, eles possuem leite, gordura e açúcar. Frutas batidas com água e congeladas em forminhas de gelo, sachês próprios para as espécies também diluídas e acondicionadas nas forminhas, caldos de carne e até mesmo o gelo convencional são boas opções.
Em relação à exposição ao sol, apesar de os pelos funcionarem como uma proteção natural contra os raios solares, muitas raças possuem a pele mais sensível e podem sofrer com a exposição excessiva à radiação solar. Assim como em humanos, a incidência constante pode promover o surgimento do câncer de pele, sendo os animais albinos, de pele clara, despigmentadas ou com pouca cobertura de pelos os que mais sofrem. Além disso, as áreas mais afetadas são as regiões chamadas glabras, como orelhas, focinho e abdômen.
Por isso devemos fazer uso de protetores solares. Atualmente o mercado conta com protetores de fatoração 30, feitos especialmente para as especificações dos pets, com fórmulas hipoalergênicas e atóxicas, evitando acidentes caso o animal lamba o local em que aplicou.
E devemos conferir se o produto é à prova d’água e tem rápida absorção, e deve ser aplicado nas áreas de menor densidade capilar, o que pode variar de pet para pet, pelo menos 30 minutos antes da exposição ao sol. E os animais que ficarem expostos à radiação solar constantemente devem ter o protetor reaplicado a cada 2 horas.
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