O presidente Jair Bolsonaro (PSL) agradeceu nesta sexta-feira (25) a isenção da China na polêmica ambiental sobre as queimadas na Amazônia diante de uma plateia de mais de 400 empresários brasileiros e chineses em Pequim.
"Quero agradecer as palavras do seu embaixador sobre nossa soberania na região amazônica", disse o presidente. "Para nós não tenho preço esse reconhecimento público".
No auge da crise das queimadas na floresta, com forte pressão sobre o Brasil principalmente dos países europeus, a China deu uma declaração de que a Amazônia é uma questão brasileira.
Nas reuniões da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para abertura de mercado, o tema não tem despertado preocupação, embora a China esteja atenta ao alto nível de poluição em suas cidades.
Bolsonaro foi aplaudido várias vezes durante o evento --em pelo menos uma ocasião aos gritos de "mito" por parte dos brasileiros. Os aplausos foram ainda mais intensos quando ele voltou a ressaltar que vai isentar os chineses de visto para entrar no Brasil.
A medida é incomum e adotada por poucos países do mundo por causa do risco de imigração ilegal. Hoje vivem na China 1,4 bilhão de pessoas. Bolsonaro havia dito antes de evento que haverá "filtros", mas não detalhou.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que empresários chineses e brasileiros deviam aproveitar "juntos" as oportunidades que se abrem para os dois países. "Queremos investimentos chineses em novas áreas e mais turismo", afirmou.
A declaração vai na contramão do que Araújo havia afirmado em março deste ano, quando disse a novos diplomatas em aula magna no Instituto Rio Branco, que o Brasil "não venderá a alma" para exportar soja e minério para a China.
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