O presidente Jair Bolsonaro usou da analogia do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para sinalizar que ainda estuda a permanência do auxiliar à frente da pasta, após os atritos que ambos tiveram sobre as orientações para isolamento social. "O médico não abandona o paciente, mas o paciente pode trocar de médico", disse Bolsonaro.
No início da semana, Mandetta havia respondido, sobre a possibilidade dele próprio pedir para deixar o cargo, que "o médico não abandona o paciente".
Nesta tarde vieram a tona conversas entre o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e o antigo ocupante do cargo, o atual deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), conspirando pela saída de Mandetta.
Bolsonaro, em transmissão ao vivo pela internet, havia dito que "quem está esperando eu falar do Mandetta, do Onyx e do Osmar pode pular para outra live. Não vai ter esse assunto aqui".
Mandetta, que é médico, já disse mais de uma vez que pauta a atuação do ministério com base em evidências científicas. Bolsonaro, temendo efeitos na economia e, consequentemente, na avaliação que a população pode fazer da gestão, apela a teses que nem sempre estão de acordo com orientações técnicas.
É assim quanto à postura contrária ao isolamento social e à promoção da cloroquina. Esse, um medicamento que ainda não tem efeitos comprovados no tratamento da Covid-19. A cloroquina também está presente, antes do discurso de Bolsonaro, e declarações do presidente americano, Donald Trump.
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