O Brasil registrou dois casos de varíola dos macacos em bebês. A Bahia teve um diagnóstico positivo em uma criança de 60 dias de vida e, em São Paulo, foi confirmada a doença em um bebê de 10 meses.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo informou que a criança, do sexo masculino, está clinicamente estável e sem sinais de agravamento, com quadro característico para a doença, com febre e lesões cutâneas.
A pasta acrescenta ainda que os sintomas tiveram início no dia 11 e que a criança se encontra em isolamento domiciliar. A Unidade Básica de Saúde e a Unidade de Vigilância em Saúde da região de residência do paciente monitoram o caso.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia afirmou que não divulga informações sobre a saúde dos pacientes.
Os casos em crianças preocupam porque elas são mais vulneráveis a complicações da doença. Outro país que já confirmou diagnósticos em menores foi os EUA.
A capital paulista soma 1.880 casos confirmados da doença e outros 689 estão em investigação, de acordo com o boletim divulgado nesta terça (23). Do total, 1.757 casos foram confirmados em pacientes do sexo masculino (93,45%) e 115 entre pacientes do sexo feminino (6,11%).
Em todo o país, são 3.700 casos, segundo o Ministério da Saúde, o que coloca o Brasil como o 3° com mais ocorrências, atrás de Estados Unidos (14,5 mil) e Espanha (5.700).
No mundo, são 41,5 mil casos confirmados de varíola dos macacos, registrados em 96 países, afirma a OMS (Organização Mundial da Saúde). Até o momento, ao menos 13 pessoas morreram, incluindo um brasileiro.
A enfermidade é disseminada principalmente ao tocar as lesões na pele que os pacientes apresentam. Outra forma de infecção é por gotículas respiratórias, como tosses e espirros. Nesse caso, é necessário contato muito próximo e prolongado com a pessoa infectada.
Os sintomas da doença incluem início súbito de lesão (uma ou mais) em qualquer parte do corpo, dor de cabeça, febre ou calafrio, dores musculares, cansaço, caroços no pescoço, axila ou virilha. A orientação em caso de suspeita é procurar a unidade de saúde mais próxima para orientação e diagnóstico.
A principal forma de prevenção é o isolamento de pacientes com a doença. A vacinação em grupos prioritários e em pessoas que tiveram contato recente com os doentes também é uma medida importante.
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