SÃO PAULO - O Estado de Minas Gerais confirmou na terça-feira (23) o primeiro caso de varíola dos macacos em um cachorro no Brasil.
A secretaria estadual recebeu a confirmação na segunda-feira (22) da Fundação Ezequiel Dias, que realizou os exames laboratoriais. Este é o primeiro relato de transmissão da doença do ser humano para animais no país.
O cachorro é um filhote de cinco meses que contraiu a doença após o dono também ser diagnosticado, no começo do mês, com a monkeypox em Juiz de Fora.
"Paciente e cão estão isolados em domicílio e passam bem, conforme informação da Regional de Saúde. O único contato humano domiciliar do paciente continua assintomático e segue em monitoramento", complementa a secretaria de Saúde de Minas Gerais.
O primeiro caso de varíola dos macacos em cachorros foi identificado na França, em Paris, e foi confirmado por um estudo publicado pela revista científica The Lancet. O animal também contraiu a monkeypox dos donos.
Após realizar o teste que confirmou a presença do patógeno no bicho de estimação, os cientistas fizeram o sequenciamento genético das amostras colhidas de um dos donos e do cão. Os resultados mostraram que os vírus eram idênticos, o que praticamente confirma a transmissão do monkeypox dos humanos para o cachorro.
Também nesta terça, a cidade de São Paulo teve a primeira confirmação em bebê. A criança diagnosticada com varíola dos macacos tem dez meses.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o bebê está atualmente em isolamento domiciliar na capital e está "clinicamente estável e sem sinais de agravamento". Ele apresenta um quadro já esperado para a doença, com febre e lesões na pele.
De acordo com balanço de hoje do Ministério da Saúde, o Brasil apresenta 3.896 casos de varíola dos macacos, sendo 2.528 no estado de São Paulo. A pasta lançou ontem uma campanha de conscientização sobre a doença, informando a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção da 'monkeypox'.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça forte, inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como "íngua"), dor nas costas, dores musculares e falta de energia intensa.
A transmissão acontece, na maior parte dos casos, por contato físico pele a pela com lesões, ou fluidos corporais, mas, também pode ocorrer através de objetos contaminados por alguém infectado. Importante relembrar que a doença afeta todo mundo, independentemente de sexualidade, idade ou raça.
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