Uma pesquisa do Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de São Paulo neste sábado (12), aponta que houve um aumento da população brasileira que não pretende se imunizar contra o novo coronavírus.
A pesquisa aponta que, no total, 22% dos entrevistados disseram que não pretendem se vacinar, 73% disseram que vão participar da imunização e outros 5% não sabem. Em comparação com a pesquisa feita em agosto, apenas 9% não pretendiam se vacinar, já 89% eram favoráveis à vacinação.
Segundo o epidemiologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Paulo Lotufo, é importante que grande parte da população se imunize para evitar a disseminação do vírus, dado que receber a vacina não significa que alguém esteja totalmente imune à Covid-19. Ou seja, a pessoa pode ser infectada se outras não estiverem protegidas.
É preciso levar em consideração também as pessoas que não podem ser vacinadas, como é o caso das grávidas. Logo, dependem da imunização da população que esteja ao redor, que Lotufo explica ser a chamada imunidade de rebanho, a que só se consegue atingir com a vacinação em massa.
Para o Datafolha, "a resistência à vacinação é similar em diferentes grupos, importando pouco o sexo, idade, escolaridade ou renda mensal. A diferença é mais significativa, porém, quando se considera a confiança da população no governo atual".
Os números da pesquisa informam, ainda, que 33% dos brasileiros que afirmaram sempre confiar no presidente Jair Bolsonaro disseram que não vão se vacinar. Já 16% falaram que nunca confiaram no presidente.
Com informações da Folha de São Paulo
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