O filho do presidente da República Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) já fez duras críticas ao instituto da prisão domiciliar, que segundo ele beneficiaria "ladrão amigo do rei" que seria deslocado das prisões para "mansão".
Em dezembro de 2017, ele fez um post sobre o tema e escreveu: "Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar."
A mensagem foi postada no dia 18 daquele mês -um dia depois, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, sairia da cela em que estava, na Superintendência da Polícia Federal, onde ficou detido em regime fechado por dois anos e meio, e passaria a cumprir prisão domiciliar em sua casa, em um condomínio fechado de um bairro nobre de São Paulo.
Em 2015, o empresário foi condenado a 31 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Depois que aderiu a um acordo de delação premiada, a pena caiu para dez anos, em diversas etapas.
Na quinta (9), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz, amigo de décadas de Jair Bolsonaro e ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.
Queiroz tinha sido preso no deia 18 de junho e passou 22 dias no cárcere.
A liminar beneficiando o ex-assessor foi concedida pelo presidente da corte, João Otávio de Noronha, que já foi elogiado por Bolsonaro. Segundo o presidente, quando ele conheceu o magistrado foi caso de "amor à primeira vista".
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