Após criticar publicamente o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e dizer que não iria demiti-lo "no meio da guerra", o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já parece determinado a fazer o oposto. Ele convocou uma reunião com todos os ministros nesta segunda-feira (06).
De acordo com o jornal "O Globo", o ato de exoneração de Mandetta já está sendo redigido. Bolsonaro e o ministro se contrapõem quanto à estratégia a ser adotada em meio à pandemia do novo coronavírus. Madetta defende o isolamento social, adotado por governadores sob orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). O presidente, temendo os efeitos na economia, é contra.
Aliás, os dois têm divergido frequentemente. O ministro já disse que não iria se demitir. Nesta segunda, também de acordo com "O Globo", ele afirmou a integrantes do Ministério Público que não sabe até quando será mantido no posto.
Em outro ponto da reunião desta segunda, Mandetta chamou o cenário político de extremamente complexo.
"Temos visões diferentes, temos pessoas que almejam o cargo de ministro e acham que o que estamos fazendo não é o correto", disse Mandetta.
"(Acham) que deveríamos acelerar, botar todo mundo para passar nesse desfiladeiro em marcha acelerada, como se fosse fazer uma quarentena vertical e todo mundo que tem abaixo de 50 anos possa se contaminar de uma vez. Mas dizem isso esquecendo que não há moradia, que não temos como bloquear e, consequentemente, as pessoas com mais de 60 anos irão se contaminar", complementou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta