O Ministério da Saúde elaborou um plano de transição para uma fase mais branda de isolamento destinado a estados cuja quantidade de casos confirmados do coronavírus não tenha causado impacto severo no sistema de saúde. A mudança está programada para começar no dia 13 de abril.
O plano foi antecipado pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com o Boletim Epidemiológico da pasta, divulgado nesta segunda-feira (6), unidades da federação que implementaram o chamado Distanciamento Social Ampliado (DSA) podem passar para o Distanciamento Social Seletivo (DSS), caso os casos confirmados não tenham impactado em mais de 50% da capacidade de saúde instalada.
No chamado Distanciamento Social Seletivo, apenas os grupos de risco ficam isolados, como idosos e portadores de doenças crônicas. Pessoas com idade inferior a 60 anos que não tenham os sintomas podem circular livremente. O objetivo dessa estratégia é promover o retorno gradual às atividades econômicas.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem defendendo publicamente a retomada das atividades econômicas, mantendo isoladas apenas pessoas de grupos de risco.
"A epidemia não é igual em todas os estados. Temos localidades que não teriam neste momento nenhuma indicação de fazer distanciamento social ampliado? Essa é que é a questão. Tem locais em que temos de ter uma estratégia diferenciada de distanciamento social? Não temos dúvidas disso", declarou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Oliveira.
"A teoria de distanciamento social seletivo em que eu abro o sistema para que populações jovens possam transitar e criar uma imunidade de rebanho, em teoria, ela é razoável. Não tem problema do ponto de vista metodológico", completa.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta