A Polícia Federal (PF) prendeu em flagrante nesta segunda-feira (20) um professor de direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) que teria apresentado comportamento agressivo e arremessado um copo descartável contra uma comissária de bordo durante um voo.
A corporação diz que o docente praticou o crime de expor a aeronave a perigo "ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea".
William Paiva Marques Júnior, que também é apresentado no site da UFC como assessor do gabinete do reitor da instituição, estava em um voo da Latam e tinha como destino Fortaleza. Os atritos teriam sido iniciados ainda no check-in, quando ele teve um problema com a sua passagem aérea.
Já dentro da aeronave, ele teria se queixado sobre a companhia e chamado o avião de velho, uma vez que o bagageiro de seu assento estava quebrado e não podia guardar uma bolsa sua. A comissária, então, teria indicado que Marques Júnior guardasse seus pertences em um maleiro de um assento próximo, mas a ideia não agradou a ele.
Segundo depoimento prestado pelo docente à PF, neste momento a comissária "pegou a sua sacola e jogou de forma brusca em suas pernas", o que levou o servidor da UFC a se levantar e insistir em guardar sua bolsa no bagageiro.
Posteriormente, no momento em que um lanche era servido aos passageiros, William Paiva Marques Júnior se queixou de receber um saco de batatas fritas. Em troca, ganhou uma barra de cereal. Após fazer a refeição, segundo o relato de testemunhas à PF, ele teria arremessado um copo descartável contra uma comissária mas acabou acertando um passageiro.
No interrogatório à PF, William Paiva Marques Júnior disse que, na verdade, tentou jogar o copo em um cesto, já que a comissária teria passado por seu assento sem recolher o lixo. A essa altura, o passageiro já vinha sendo alertado sobre seu mau comportamento pela tripulação.
Após o incidente, o professor da UFC pediu que os comissários escrevessem seus nomes e número de identificação profissional em um pedaço de papel. Insatisfeito com a informação que recebeu, ele teria se levantado e questionado seu conteúdo, "de forma acintosa e ameaçadora", aproximando a folha do rosto de um funcionário. Em depoimento, o professor nega que tenha praticado algum tipo de agressão.
Por causa do episódio, a Polícia Federal apresentou um pedido de prisão preventiva do docente junto ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Procurada, a Universidade Federal do Ceará diz que não comentará o caso.
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