A Suzano registrou uma geração de caixa operacional de R$ 3,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, o maior resultado trimestral desde a fusão da companhia, concluída no início de 2019, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (14). O EBITDA ajustado atingiu R$ 4,2 bilhões, também no melhor patamar desde janeiro do ano passado.
As vendas de celulose totalizaram 2,8 milhões de toneladas no trimestre, contribuindo para uma redução de aproximadamente 200 mil toneladas no nível de estoques da companhia.
Foram comercializadas também 235 mil toneladas de papel no período. O forte ritmo das vendas de celulose, associado ao câmbio favorável à exportação, resultou em uma receita líquida de R$ 8,0 bilhões entre abril e junho.
Outro destaque positivo do trimestre foi o custo caixa de celulose, considerado o principal indicador de competitividade de produção do setor. O resultado de R$ 599 por tonelada, excluindo o efeito de paradas programadas, foi 14% inferior ao registrado no segundo trimestre de 2019 (2T19).
Esses números evidenciam a capacidade da Suzano de gerar caixa, com ganhos sucessivos de competitividade impulsionados pelo avanço na captura de sinergias, mesmo em um ambiente mais desafiador. Diante da maior pandemia da história moderna, nossos times conduziram a companhia ao seu melhor resultado desde a fusão, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.
Com a forte geração de caixa operacional, o nível de alavancagem da empresa no trimestre caiu para 4,7 vezes em dólar. A variação cambial, que por um lado contribui para a elevação da receita líquida e, por outro, impacta o resultado financeiro, ocasionou um resultado líquido negativo de R$ 2,1 bilhões no trimestre.
O resultado trimestral demonstra um excelente desempenho operacional em vendas e custos, assim como efeitos positivos do câmbio mais desvalorizado. O mesmo efeito cambial que favoreceu a geração de caixa ocasionou mais uma vez um impacto negativo no resultado financeiro, em função da variação cambial sobre a dívida dolarizada da empresa. No entanto, como essa dívida tem prazo médio de vencimento bastante longo, de aproximadamente sete anos, o atual patamar do câmbio é amplamente favorável à empresa, que gera a maior parte de suas receitas também em dólar, afirma o diretor executivo de Finanças e Relações com Investidores da Suzano, Marcelo Bacci.
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