Quando se fala em terminais de ônibus na Grande Vitória, o que vem à cabeça são os já conhecidos dos passageiros: Terminal de Jardim América (Cariacica), Itacibá (Cariacica), Campo Grande (Cariacica); Vila Velha (Vila Velha), Itaparica (Vila Velha), Ibes (Vila Velha), São Torquato (Vila Velha); Carapina (Serra), Laranjeiras (Serra) e Jacaraípe (Serra).
O Sistema Transcol interliga os municípios da Região Metropolitana através dos terminais urbanos. Os moradores mais velhos da Capital sabem que, não muito tempo atrás, Vitória também tinha um terminal para chamar de seu, o Terminal Dom Bosco.
Inaugurado nos anos 1980, quando o transporte coletivo de passageiros do ES ainda era operado pelo recém-criado Departamento Estadual de Trânsito (Detran|ES), foi por muitos anos um dos terminais mais movimentados da Grande Vitória. Ele foi desativado em agosto de 2009 pro conta da inauguração dos terminais de São Torquato e Jardim América, e a transferência das 35 linhas para esses novos pontos.
Afinal, era ou não terminal?
A resposta é sim, mas há quem diga que o espaço não era terminal. Entretanto, de acordo com a Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado Espírito Santo (Ceturb-ES), o Dom Bosco era considerado um terminal por realizar integrações entre as linhas quem saíam de Vitória com destino aos demais pontos das cidades da Região Metropolitana, através das linhas troncais.
Funcionamento
Como o próprio nome sugere o terminal operava na Rua Dom Bosco, no bairro Forte São João, onde os ônibus provenientes das cidades próximas (Cariacica, Vila Velha e Viana) faziam o ponto final e de onde retornavam para os mesmo trajetos, no sentido contrário.
Com a desativação do terminal e a retirada dos comerciantes do local, a Prefeitura de Vitória transformou o espaço em uma nova via de ligação entre as avenidas Vitória e Marechal Mascarenhas de Moraes (Beira-Mar), inaugurada em setembro de 2012.
Desde que começou a funcionar, o Terminal Dom Bosco chegou a ser desativado algumas vezes e passou por reformas. Diferentemente dos terminais nos quais os passageiros atuais estão acostumados a frequentar, o Dom Bosco não tinha uma estrutura totalmente coberta e os usuários se aglomeravam em pequenos abrigos para se proteger do sol e chuva.
Outra diferença para os terminais atuais, era com relação ao sistema radial, utilizado pelo transporte urbano da Grande Vitória, que estava estruturado conforme a antiga configuração de cidade concêntrica.
“Portanto, todos os ônibus convergiam para o terminal Dom Bosco, sobrecarregando o trânsito no Centro da cidade. A partir da criação de linhas diametrais, se abriu a possibilidade de integração entre os municípios da Grande Vitória, intensificada posteriormente com a criação dos terminais”, explicou a Ceturb.
Vendedores ambulantes
Entre passageiros e ônibus, o Terminal Dom Bosco ainda servia de espaço para vendedores ambulantes. Quando desativado em 2009, 25 ambulantes foram cadastrados pela Prefeitura de Vitória e precisaram sair do espaço.
A PMV disponibilizou caminhões para os vendedores, que puderam transportar os objetos para outros locais da preferência deles, sem qualquer custo. Os comerciantes ainda puderam pegar uma linha de crédito com a Prefeitura para abrir um novo negócio, por meio do Programa NossoCrédito.
A rua onde o terminal funcionava chegou a ser conhecida como “risca faca”, por conta do perigo. Ele também acumulava muita sujeira, sendo que quando foi desativado, a Prefeitura de Vitória retirou 15 caminhões de lixo das barracas que ali funcionavam.
Terminal Dom Bosco funcionava em Vitória
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