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Entenda como o fenômeno 'La Niña' vai influenciar no verão do ES

Entenda como o fenômeno "La Niña" vai influenciar no verão do ES

O verão, que começou oficialmente na manhã desta segunda-feira (21) no Hemisfério Sul, terá influência do fenômeno climático. Institutos e meteorologistas explicam como "a menina" atuará sobre o país e o Estado

Publicado em 21 de dezembro de 2020 às 17:42

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Quinta-feira (26) de tempo aberto e ensolarado em Vitória
Quinta-feira (26) de tempo aberto e ensolarado em Vitória. (Fernando Madeira)

O verão no hemisfério sul, onde o Brasil está geograficamente inserido, começou oficialmente às 7h02 da manhã desta segunda-feira (21) e terminará no dia 20 de março de 2021. Esta estação, entretanto, terá influência do fenômeno oceânico-atmosférico conhecido como "La Niña", que em tradução literal significa "a menina" ou "a garota". Quando ele ocorre, as águas da porção central do oceano Pacífico Equatorial, na altura do Peru, se resfriam de forma excepcional. Mas o que isso influencia na vida do capixaba?

Como se sabe, os fenômenos climáticos possuem ligações e influenciam diversas regiões do planeta. Quando se observa a formação de La Niña, de uma maneira geral, nota-se um aumento da chuva na porção ao norte da Região Norte e do Nordeste. No Sudeste, incluindo o Espírito Santo, e Centro-Oeste, ele também tende a facilitar as convergências de umidade, que consequentemente estimulam a chuva.

A principal convergência de umidade que conecta estas Regiões é a Zona de Convergência do Atlântico Sul. Este, por sua vez, é um fenômeno típico do verão que provoca chuva abundante em muitas áreas das Regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, mas as condições oceânicas durante o verão 2020/21 não serão favoráveis para a organização deste sistema, apontam as previsões do Instituto Climatempo e também e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural.

Desta forma, neste verão, as chances de se observar chuvas de muita intensidade e contínuas, não são tão concretas como explicado pelo meteorologista do Incaper, Hugo Ramos.

"Recentemente houve uma grande reunião com meteorologistas de todo o país e observamos que, neste ano, o fenômeno se manifestará de forma mais branda. Por enquanto não há tendências de chuvas acima do normal para os meses que formam o verão, que vai de dezembro até março. Os efeitos de La Niña costumam ocorrer mais na Região Norte, onde costuma-se observar mais chuvas, enquanto para o Sul, o esperado é a estiagem. Para o Espírito Santo, não tem um padrão climático. Há anos com mais chuva e calor, e outros menos. No nosso litoral, a temperatura oceânica não deverá ser alterada. Sobre o clima, vai fazer calor sim, afinal é verão, mas não deve ser tão intenso", detalhou o meteorologista.

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Os temporais intensos e prolongados de verão devem ocorrer em menor intensidade neste verão no ES, apontam os institutos climáticos. (Carlos Alberto)

Já o Climatempo indica que áreas ao centro-norte de Minas Gerais e o Espírito Santo, que tiveram chuva excessiva no verão passado, vão notar diminuição desta condição na atual estação, o que não indica, entretanto, uma estiagem. Segundo o Instituto, apenas deve-se observar precipitação em menor escala.

O CONTRÁRIO

De acordo com o Incaper, os diversos estudos feitos sobre (El Niño – Oscilação Sul), quando afeta a região Sudeste do Brasil, provoca um aumento médio das temperaturas dessa área do país em sua fase quente (El Niño), sem provocar mudanças no regime pluviométrico. 

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Em tempos de La Niña (fase fria), as temperaturas médias tendem ser menores em relação à climatologia e o comportamento das chuvas tende a ser irregular, em virtude da baixa previsibilidade que normalmente ocorre quando há a influência desse fenômeno. De modo geral, El Niño e La Niña são fenômenos climáticos opostos.

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