A Petrobras vai ampliar a produção de petróleo e gás natural no Espírito Santo sem trazer novas plataformas até 2028. A estratégia principal passa por dobrar a produção do navio-plataforma P-58, dos atuais 90 mil barris por dia, em média, para a capacidade máxima da estrutura, uma das maiores da estatal: 180 mil barris/dia. Não é pouca coisa. A mais nova plataforma da Petrobras no Espírito Santo, Maria Quitéria, que começou a operar no Parque das Baleias (bem perto da P-58) em outubro, tem capacidade para 100 mil barris por dia.
"Estamos em um trabalho intenso dentro da Petrobras para aumentarmos a eficiência, a produtividade e, consequentemente, a produção dos ativos que nós já temos. É o caso da P-58, que é uma das nossas maiores estruturas. Vamos, ao longo dos próximos anos, furar mais oito novos poços que serão conectados à P-58. Assim, queremos, apenas com essa operação, ampliar a produção em 90 mil barris por dia", explicou Guilherme Sargenti, novo gerente-geral da Petrobras no Espírito Santo (ele assumiu o lugar de Eduarda Lacerda em outubro).
As novas perfurações fazem parte de um projeto maior, chamado Integrado Parque das Baleias, que prevê 24 novos poços operacionais. Estão aqui os oito da P-58 e os 16 da Maria Quitéria. "É um investimento bilionário que será feito ao longo dos próximos anos. Está na previsão da nossa unidade (Norte do Rio e Sul do Espírito Santo) um aporte de R$ 35 bilhões para aumento de produção, serão 76 novos poços, vários deles aqui no Espírito Santo. Haverá um aumento considerável até o final da década".
Sargenti disse que a Petrobras estuda a reforma completa de uma das plataformas que operam no mar do Espírito Santo e a implantação de mais algumas (no plural) plataformas. "Alguns estudos estão mais adiantados, outros menos, mas o fato é que os investimentos virão forte e haverá aumento de produção".
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