A Embraer, multinacional brasileira de aviação, quer colocar em operação, até 2026, o seu veículo elétrico de pouso e decolagem vertical (e-VTOL, na sigla em inglês). Um veículo voador com capacidade para levar até oito passageiros. Se tudo sair como os investidores e pesquisadores desejam, a aeronave será completamente autônoma, ou seja, não precisará de piloto. Seria uma revolução no transporte aéreo, principalmente nas curtas distâncias - de até 300 km.
Boa parte da inteligência por trás desta desejada revolução é desenvolvida pelos engenheiros e técnicos da Motora Tecnologia, sediada em Jardim Camburi, Vitória, criada por ex-alunos da Ufes e do Laboratório de Computação de Alto Desempenho. Desde 2016, os capixabas mantêm parceria com a Embraer, em 2019, a coisa se intensificou com a entrada do Fundo de Investimento em Participações Aeroespacial na sociedade da Motora (participação de 30%). A Embraer é majoritária no fundo.
"O projeto do e-VTOL da Embraer é gigantesco, somos uma parte disso. Nós participamos ativamente da construção da arquitetura do sistema autônomo que no futuro será o veículo elétrico de pouso e decolagem vertical. Por conta de toda nossa experiência na Motora e na Ufes (os fundadores da empresa participaram do desenvolvimento do carro autônomo da Ufes) com visão computacional e robótica autônoma, a Embraer nos convidou para entrar no projeto com o objetivo de construirmos, ao lado dos demais parceiros, uma aeronave autônoma. A Motora está desenvolvendo, em parceria com os engenheiros da Embraer, o software do sistema autônomo que vai guiar o e-VTOL", explicou o CEO da Motora, Lauro José Lyrio Júnior.
A Eve, empresa de mobilidade aérea urbana criada pela Embraer e responsável pelo desenvolvimento do veículo aéreo autônomo, acredita que, em 2035, mais de 200 veículos transportarão, anualmente, 4,5 milhões de passageiros no Brasil em mais de 100 rotas.
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