Os governos de Espírito Santo, Minas Gerais e as prefeituras dos municípios impactados pelo rompimento das barragens da Samarco, em novembro de 2015, esperam que o acordo com a mineradora seja fechado e assinado nas próximas semanas. Para que o martelo seja finalmente batido, os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Marina Silva, Meio Ambiente, precisam entrar em acordo. As partes envolvidas nas longas discussões esperam que isso aconteça até julho.
Rui Costa, o responsável por tocar o tema dentro do governo federal, gostou dos termos apresentados por Vale e BHP Billiton, donas da Samarco, assim como os governadores e a maioria dos prefeitos. Marina (que passou a ter voz ativa no debate por conta da cadeira que ocupa na Esplanada), por sua vez, gostaria de uma indenização maior. A trava está aí, a expectativa é de que ela seja retirada o quanto antes, afinal, o imbróglio se arrasta há quase uma década e as necessidades são muitas.
A conta da reparação da tragédia que impactou todo o entorno do Rio Doce (são 853 quilômetros) ficará na casa dos R$ 120 bilhões, sendo que algo perto de R$ 60 bi já foram quitados por meio de indenizações e investimentos feitos pela Fundação Renova (organização criada, em 2016, por Vale e BHP para reparar o desastre). Governo do Espírito Santo e municípios afetados devem ficar com cerca de R$ 17 bilhões (parte dos recursos com livre destinação e outra parte com destino fixado pelo acordo). O dinheiro não entraria de uma vez, viria ao longo de dez (como querem os governos) ou 15 anos (como pretendem as empresas).
Só para termos uma ideia do que a pactuação representa, a prefeitura de Colatina acredita que algo perto de R$ 300 milhões, com livre destinação, entrarão em seus cofres. Só falta saber em que prazo e a partir de quando.
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