A Petrobras anunciou, há poucos dias, a assinatura de um contrato com a Seatrium Limited, de Singapura, para a construção de duas plataformas de petróleo: P-84 e P-85. Um acordo de US$ 11 bilhões (R$ 57,75 bilhões a preço de hoje), sendo que, na P-84, serão 20% de conteúdo local, portanto, feito ou originado no Brasil e, na P-85, serão 25%. Estamos falando de US$ 2,47 bi, quase R$ 13 bilhões. Vindo para cá, trata-se de um prato cheio para os fornecedores capixabas, principalmente indústria metalmecânica.
De acordo com a Petrobras, as construções da P-84 e da P-85 serão realizadas por estaleiros localizados no Brasil, China e Singapura. No Brasil, a Seatrium é dona de três estaleiros, entre eles o Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). Os outros são o Estaleiro BrasFELS, em Angra dos Reis (RJ), e o Seatrium Singmarine Brasil, em Navegantes (SC). A companhia ainda não disse quais serão as estruturas escolhidas, mas o Estaleiro Jurong, que tem expertise no assunto, tem boas possibilidades de receber parte da encomenda.
As duas unidades serão instaladas nos campos de Atapu (P-84) e Sépia (P-85), em águas ultraprofundas (mais de 2 mil metros), no pré-sal da Bacia de Santos, com início de produção previsto entre 2029 e 2030. Terão, cada uma, capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo por dia e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
A Seatrium Limited é a antiga Sembcorp Marine, que foi a responsável pela construção do Estaleiro Jurong em Aracruz, inaugurado em 2014. A troca de nome se deu no começo do ano passado, depois da incorporação da Keppel Offshore & Marine, outra gigante do setor, ao negócio.
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