O agronegócio do Espírito Santo vai fazer uma captação recorde de crédito, R$ 17 bilhões, para entregar a safra 2024/2025. A projeção é da Secretaria de Estado da Agricultura. Metade deste recurso, R$ 8,5 bilhões, virá do Plano Safra, programa organizado pelo governo federal que entrega ao setor um pacote de linhas de crédito subsidiado (entre 0,5% e 12% ao ano). A outra metade virá de operações barter (o produtor compra insumos e paga com os produtos que ele cultiva), Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) e Cédula de Produtor Rural (título cambial).
O volume é 21,4% acima dos R$ 14 bilhões captados na safra de 2023/2024. Nas linhas dentro do Plano Safra a expectativa é avançar 23%: de R$ 6,9 bilhões para R$ 8,5 bi. Proporcionalmente, a expansão de crédito para o agro capixaba irá muito além da média nacional. No Brasil, o Plano Safra prevê uma oferta de R$ 476 bilhões, 9,2% acima do ofertado em 2023/2024. O crédito total ofertado ao agronegócio brasileiro vai se aproximar de R$ 1 trilhão.
"Há anos que o agro é atividade econômica que mais cresce no Brasil. A dinâmica segue muito forte, por isso a grandiosidade dos números. Mas é importante destacarmos que a produção capixaba vem acelerando forte, tanto que, ano após ano, a nossa captação tem sido bem maior que a média brasileira. No começo da década passada, falávamos de um Plano Safra pouco acima de R$ 1 bi no Estado, agora, estamos nos aproximando dos R$ 10 bi. É uma expansão forte e consistente", sublinhou Enio Bergoli, secretário de Agricultura do Estado, que lançou, nesta terça-feira (20), o Plano de Crédito Rural para o Espírito Santo.
"Boa parte deste recurso irá para o café, afinal, é a nossa principal cultura e, destacadamente o conilon, vem crescendo com muita força. O objetivo não é expandir a área plantada, mas investir em tecnologia, eficiência e produtividade. Temos lavoura, no Norte, que colhe mais de 100 sacas por hectare plantado. Enquanto isso, no Sul, há casos de 25 sacas por hectare. Precisamos nivelar isso. Também haverá forte captação por parte da pecuária de leite, especiarias (a pimenta-do-reino vem crescendo muito no Espírito Santo) e cultivo protegido, feito dentro de um ambiente protegido, que tem crescido muito no Estado", prevê Bergoli.
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