Após fechar acordo com a ArcelorMittal Tubarão para fornecimento de água de reúso, a Cesan tem conversas adiantadas com a Vale para fechar um contrato com o mesmo objetivo. A utilização de água de reúso para fins industriais não é novidade, a diferença do acordo com a Arcelor é que a empresa que vencer o contrato de subconcessão da Epar (Estação de Produção de Água de Reúso), além de tratar o esgoto, terá de entregar o produto na porta da siderúrgica. A subconcessão será feita pela Cesan, o contrato da Arcelor é com a estatal de saneamento.
A Epar que produzirá água de reúso para a Arcelor tratará o esgoto da região de Camburi. A estação que funciona na área do Aeroporto será fechada, a nova, um investimento de R$ 240 milhões, será construída no bairro São Geraldo, na Serra, em um terreno de 11 mil m² que foi doado pela própria siderúrgica. A nova estação terá capacidade de produzir um volume de água de reuso de 720 m³/h, o que equivale a 200 l/s.
As conversas com a Vale miram a ETE de Manguinhos, que está sendo ampliada e, até o começo de 2025, terá capacidade para entregar 150 litros por segundo de água de reúso. Fechado o acordo, a unidade também será tratada por Epar e administrada por uma empresa privada que será contratada por meio de leilão na bolsa de valores.
No com a Arcelor vão ser pagos R$ 7,10 por metro cúbico de água, portanto, em um mês de fornecimento pleno (300 litros por segundo), a siderúrgica pagará R$ 5,52 milhões à concessionária - R$ 66,2 milhões por ano. A utilização de água de esgoto tratado nas atividades da ArcelorMittal Tubarão reduzirá a captação que hoje é feita no Rio Santa Maria. O prazo da concessão vai até 2053.
A definição sobre a empresa que tomará conta da Epar responsável pelo abastecimento da ArcelorMittal Tubarão será ainda este ano, em leilão a ser realizado na B3. Hoje, o processo está sendo analisado pelo Tribunal de Contas do Estado.
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