Um dos momentos mais complicados e perigosos de Portocel, porto da Suzano especializado em celulose localizado em Aracruz, se dava quando quatro operadores precisavam engatar, manualmente, a carga ao guindaste. Há pouco mais de um ano, esse processo foi automatizado com a entrada em ação do spreader automático de alta capacidade (equipamento usado para levantar contêineires e cargas unitizadas). Uma inovação genuinamente capixaba que está prestes a ganhar os portos mundo afora.
Os trabalhos partiram de uma inquietação que surgiu dentro do porto. Quase tudo vinha evoluindo, ganhando eficiência e sendo automatizado, mas um dos momentos mais perigosos da operação seguia como era há muito tempo. "Já havia um desejo, mas a ideia de automatizar começou a ganhar corpo em 2016. O resultado, um ano depois da operação andando, é muito bom. Estamos operando com mais segurança, mais eficiência e os profissionais foram realocados. Posso dizer que revolucionou todo o setor", comemora Alexandre Mori, gerente-executivo de Portocel. "O mundo está atrás desse equipamento, afinal, por lá segue como era antes. Estamos sendo acionados por portos de Europa e Estados Unidos, querem olhar como funciona e avaliar a viabilidade".
O desenvolvimento da primeira versão do spreader automático, que custou algo próximo a R$ 5 milhões, se deu numa parceria entre Portocel, Forte Mar (empresa de Aracruz), Saur (empresa brasileira especializada em movimentação de carga) e a multinacional finlandesa Pöyry, que presta serviços de engenharia. Uma segunda versão - mais inteligente, com mais capacidade e mais fácil de usar - está sendo tocada pela Ufes.
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