Quem gostou dos anúncios das obras e projetos incluídos no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), feitos na última sexta-feira (11) pelo governo federal, foi o presidente da Vports, Ilson Hulle. Claro que, para ficar bom de verdade, o que foi anunciado precisa sair do papel, mas o executivo que toca a concessionária responsável pelo complexo portuário de Vitória ficou satisfeito principalmente por conta de dois pontos: a finalização das obras da BR 447, que vão melhorar muito o acesso ao porto, e o debate em cima da Ferrovia Centro-Atlântica.
Pelas contas de Hulle, uma conexão ferroviária robusta pode levar a Vports, em cinco anos, a sair dos atuais 8 milhões de toneladas de cargas para 13 milhões de toneladas. "Um novo acesso rodoviário pode impulsionar isso aí para 15 milhões de toneladas movimentadas por ano. Estamos falando de praticamente dobrar. Hoje, o acesso ao porto é feito por uma ponte de pista simples, é um limitador enorme de crescimento. Se duplicarmos somente este acesso, nem estou colocando 101 e 262 na conta, os ganhos já serão enormes".
Sobre a FCA, que passa por oito estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, a expectativa é de que o governo federal defina o quanto antes os rumos da renovação da concessão. A VLI, atual responsável, já disse que quer continuar, mas ainda não teve uma resposta do governo sobre o desejo de uma renovação antecipada. Para Hulle, a permanência da VLI, que já fechou um acordo com a Vports para reformar os ramais internos do porto, seria o ideal.
"A Vale é uma das sócias da VLI, isso, na minha visão, facilita a negociação para o uso da Ferrovia Vitória-Minas (o trecho da FCA que passa pelo Espírito Santo está inutilizado, portanto, é preciso usar a Vitória-Minas, da Vale, para movimentar cargas). A VLI está fazendo investimentos aqui no Porto de Vitória e o desejo é de ampliar a vinda de cargas do agro para cá e a ida de fertilizantes de demais insumos para lá. Importante resolver isso o quanto antes", assinalou Ilson Hulle.
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