A Cooabriel, maior cooperativa de café conilon do Brasil, completa, nesta quarta-feira (13), 60 anos. Fundada em São Gabriel da Palha, Noroeste do Espírito Santo, em 1963, a Cooabriel é, hoje, a 20ª maior empresa do Estado, com um faturamento que, em 2022, ficou em R$ 1,8 bilhão. São quase 8 mil cooperados no Espírito Santo e na Bahia. Para manter o ritmo de expansão, que foi ampliado nos últimos dez anos com um forte movimento de expansão, será feito um forte investimento em tecnologia, diversificação e no aumento da capacidade de estocar café.
O investimento em tecnologia, principalmente nos processos e na governança, iniciado ainda em 2020 e que será finalizado em 2024, ficará na casa dos R$ 20 milhões. "Mudamos toda a nossa parte operacional, mas vai muito além, agora estamos olhando para a relação com os cooperados e consumidores também. Por exemplo, montamos uma fábrica de café, a Guardião, em São Domingos do Norte, isso nos coloca no varejo, que está em plena transformação digital. Está claro que o mundo está caminhando para esse lado, temos de estar dentro, afinal, a nossa perenidade passa muito por isso aqui", assinalou Carlos Augusto Pandolfi, superintendente da Cooabriel.
Os aportes em tecnologia passam também pelos avanços na lavoura. A cooperativa está investindo, por exemplo, em uma empresa de drones para serem usados pelos produtores. "O drone deu um ganho de produtividade enorme na lavoura, o acompanhamento é muito mais assertivo e econômico. Vamos continuar evoluindo na qualificação e na mecanização, isso muda a dinâmica", disse Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel.
Para segurar o crescimento da produção, a capacidade estática de armazenamento dos galpões da cooperativa será ampliada em 26% até a safra do ano que vem (entre maio e julho) - de 1,9 milhão de toneladas para 2,5 milhões de toneladas, um investimento de R$ 25 milhões. Só o novo galpão da cidade de Camacã, na Bahia, serão colocados R$ 12 milhões. Outros espaços serão ampliados.
"Acreditamos muito na diversificação para sustentar o negócio como um todo. Começamos como cooperativa de café conilon, hoje temos lojas de insumos agropecuários, fábrica de café e a pimenta-do-reino está virando um negócio relevante. O café seguirá sendo o nosso negócio principal, mas acreditamos que podemos entrar na produção de açaí, cacau e tilápia. Nada disso concorre com o café, pelo contrário, e a possibilidade de, a partir dessa produção, entrarmos na agroindústria é muito grande. Tudo está sendo estudado e vamos caminhar por aí", assinalou Bastianello.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta.