Nos primeiros sete meses de 2024, as exportações brasileiras de pedras naturais bateram em US$ 726,5 milhões (R$ 3,9 bilhões), crescimento de 8,37% em relação ao mesmo período de 2023. Um alento depois de dois anos seguidos de queda. A indústria de rochas ornamentais do Espírito Santo responde por 81,6% de tudo o que é comercializado pelo Brasil lá fora. Entre os principais destinos estão Estados Unidos, China, Itália, México e Reino Unido. Os dados são do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas).
Importante lembrar que 2020 e 2021 foram anos extraordinários para o setor, de grande expansão. Depois da primeira onda da pandemia de Covid, no primeiro semestre de 2020, a construção civil cresceu forte nos principais mercados compradores (Estados Unidos, Europa e Ásia) e se manteve assim até o final de 2021. Os resultados foram recorde no período. Portanto, apesar do encolhimento registrado em 2022 e 2023, os patamares de negociação ainda se mantiveram altos.
Por tudo isso, o clima é de otimismo dentro da indústria, afinal, números positivos sempre ajudam a melhorar o humor. O que mais preocupa são as dificuldades para escoar a produção. O Centrorochas, ao lado do Centro do Comércio de Café de Vitória, divulgou uma carta aberta, em julho, reclamando de graves entraves dentro do Porto de Vitória. Todo este contexto estará no centro dos debates da Cachoeiro Stone Fair, a mais tradicional feira de pedras naturais da América Latina, que acontece entre 27 a 30 de agosto, em Cachoeiro de Itapemirim. O evento, historicamente focado no mercado doméstico, vem ampliando seu olhar para o público estrangeiro. Compradores de diversos países estarão aqui para conhecer as novidades e reclamar das dificuldades enfrentadas...
O Brasil é o quarto maior produtor de rochas ornamentais do mundo, número um fora do continente asiático e 5º maior exportador. Assim, o que acontece dentro do setor no Espírito Santo tem relevância no mercado mundial.
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