Contratos assinados com seis petroleiras para transbordo de petróleo cru (os acordos têm cláusula de confidencialidade, mas entre as companhias está a Petrobras), viabilizam o início da primeira fase das obras do Porto Central, em Presidente Kennedy, Sul do Espírito Santo. Um aporte de US$ 450 milhões (R$ 2,6 bilhões) que será entregue, segundo os executivos da companhia, até o final de 2027. Isto é o que está no papel, mas a ideia é, muito em breve, anunciar novos acordos e, se possível, iniciar os trabalhos junto com a inauguração do terminal.
Já há conversas muito maduras com operadores (do Brasil e de fora) para a instalação de um terminal de grãos e de uma grande estrutura para contêineres, que terá o objetivo de ser um hub para toda a América Latina. Tudo saindo como planejado, os maiores navios do mundo aportarão em Kennedy e, a partir de lá, em navios menores, de cabotagem, as cargas serão distribuídas para todo o continente. Com calado de até 25 metros, o Porto Central poderá receber as maiores embarcações do planeta, que carregam até 25 mil contêineres.
Além disso, há um caminho pavimentado para a instalação de um estaleiro de desmontagem de navios, indústria que é fortíssima nos Estados Unidos e Europa. O memorando de entendimentos assinado com a M.A.R.S. (Modern American Recycling Services) foi renovado no final de novembro e a expectativa é de que as coisas caminhem com mais velocidade com o início das obras, marcado para esta quarta-feira (4).
O ambicioso projeto do Porto Central, que deve se consolidar até 2040, receberá US$ 2,9 bilhões (mais de R$ 17 bilhões) apenas em infraestrutura. Os negócios que se instalarão no complexo portuário industrial que pode vir a ter 20 milhões de metros quadrados podem chegar a um volume de investimentos que se aproxima dos R$ 200 bilhões. O desenvolvimento do complexo é tocado pela TPK Logística, que tem a Organização Polimix como maior acionista.
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